O adido de Brasília do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou que o volume de milho produzido pelo país deve crescer 1,7% em 2012/2013 ante o ano anterior, mesmo com a migração de produtores para o cultivo de soja em função dos preços altos, transporte mais fácil e maior liquidez.
O aumento decorreria da disponibilidade de variedades de sementes melhoradas, do crescimento da área plantada e das chuvas dentro da média histórica, após a seca que afetou a safra de verão 2011/2012 em algumas regiões do país. Na projeção do representante do USDA, a área plantada aumentará de 15 milhões de hectares em 2011/2012 para 15,3 milhões de hectares este ano comercial.
Apesar do crescimento, o novo número marca uma revisão para baixo em relação à previsão oficial do USDA de 16 milhões de hectares devido à migração de alguns produtores para a produção de soja.
As exportações brasileiras de milho devem chegar a 17 milhões de toneladas em 2012/2013, disse o adido, à medida que o país ganha novos mercados a partir da oferta global restrita do cereal. No entanto, o volume exportado dependerá de questões logísticas como congestionamento em portos e aumento dos custos de transporte.
Segundo o representante, os caminhões brasileiros devem sofrer mais desgaste para transportar milho, ao contrário da soja, dadas as características diferentes dos dois grãos, tais como peso e uniformidade. O adido acrescentou ainda que muitos produtores em regiões “com dificuldades logísticas” como Mato Grosso podem avaliar com cuidado o investimento na safrinha porque os custos de logística e transporte podem reduzir sua margem de lucro. As informações são da Dow Jones.
Fonte: RuralBR e Agência Estado
Foto: Diogo Zanatta