Ricardo Pereira
Trata-se de uma equipe de 15 pessoas que, a partir desta sexta, dia 5, encara o desafio de uma cavalgada para provar o potencial do cavalo crioulo. Serão 1800 km a cavalo! Previsão de 50 dias de viagem.
Conhecido por sua resistência e rusticidade, o cavalo crioulo vem sendo testado ao longo do tempo em raides que marcaram história da equinocultura das Américas e que o tornaram reconhecido internacionalmente. Dentro desse espírito e disposta a confirmar que o Crioulo permanece com as mesmas qualidades nos dias atuais.
Sobre a Cavalgada
Dois integrantes da comitiva viajam montados, os outros formam uma equipe de apoio. Sem um roteiro definido, o grupo tentará desviar de rodovias e seguir por estradas de chão. Para isso, um motociclista viaja três dias à frente da comitiva.
— é dele a missão de descobrir os melhores caminhos e avisar a tropa – explica o coordenador do projeto, Raul de Almeida Prado.
Raul de Almeida Prado completa dizendo que a cada dia será feita uma avaliação de batimentos cardíacos, peso e condições físicas dos animais. Os resultados serão relacionados com o clima e o relevo pelos lugares por onde a comitiva passar. Os dados devem se transformar em um artigo científico sobre o desempenho (resistência, força e disciplina) dos animais e em um livro.
– Os cavalos serão os comandantes dessa viagem, por isso não podemos precisar o ritmo – diz Raul de Almeida Prado.
Um dos ginetes que irá no lombo do cavalo, o gestor em Equinocultura Lucas Paiva Garcia chegou a Uruguaiana uma semana antes do início da cavalgada. Dedicou-se à convivência com o animal e ao costume das vestes gaúchas, que ele diz que irá incorporar ao guarda-roupa após a jornada.
O grupo de 15 pessoas parte do Parque Agrícola e Pastoril, em Uruguaiana, às 10h desta sexta, dia 5. A previsão é de que a equipe evite cavalgar em horário de muito sol. De acordo com a coordenação da cavalgada, são estimados cerca de 40 quilômetros por dia. A viagem vai custar R$ 70 mil. No caminhão de apoio serão carregados cerca de 600 quilos de ração e uma caixa d’água, que será reabastecida a cada parada ao longo do trajeto até o interior paulista.
Fonte: Ricardo P. com informações do jornal Zero Hora
Foto: Anderson Petroceli
