Pecuária
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Feileite 2012 – Mercado de inseminação artificial de bovinos cresce 12% ao ano

feileite 2012

O mercado de inseminação artificial de bovinos está em ascensão no Brasil, com um crescimento anual de 12% e uma média de 10 milhões de doses. No entanto, o número ainda não representa um grande percentual para a cadeia do leite: apenas 15% do rebanho leiteiro é resultado da técnica. Nos Estados Unidos, o índice chega a 90%. No país, 80% da produção de leite é resultado do gado de pequenos criadores. Eles ainda utilizam o sistema de pastejo e vacada solta, sem muito uso e conhecimento de práticas de melhoramento genético. Tecnologias como inseminação artificial e fertilização in vitro, no entanto, têm se mostrado uma alternativa eficaz ao pecuarista.

Em dois dias de exposição na Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite), o técnico da Alta Genetics Guilherme Marquês afirma que comercializou mais de mil doses de sêmen. No processo, o cliente escolhe a genética e a técnica que deseja. Para isso, é necessário que os animais sejam avaliados para que os reprodutores sejam selecionados.

– Na compra de sêmen leiteiro, a holandesa se mostra soberana. Mas o girolando está com crescimento de 35% ao ano, e é a raça brasileira mesmo – diz o técnico.

Há nove anos, o pecuarista Newton Ramos cria a raça girolando. A produção média é de 270 prenhezes ao ano, com taxa de perda em torno de 15%. O criador só opta por acasalamentos com touros provados. As 21 doadoras do rebanho são aspiradas todo mês. Para Ramos, o que mais lhe chamou a atenção foi a adaptabilidade e o grande potencial leiteiro da raça.

De 2000 a 2010, a produção leiteira no país avançou em média 4,4% ao ano, atingindo a segunda maior taxa anual de crescimento do mundo, perdendo apenas para a China, que registra aumento de 17,61%. Só foi possível alcançar esse índice devido ao avanço de modernas tecnologias, sobretudo nas questões de genética, nutrição e manejo.Com esse número, o país alcançou autossuficiência em produtos láticos, abastecendo a população e exportando em pequena quantidade, em torno de 3% ao ano.

Canal Rural

Foto: Diogo Zanatta

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