O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, afirmou nesta quinta, dia 6, que o governo pretende comprar 500 mil toneladas de milho do mercado para garantir o abastecimento até a colheita da próxima safra.
Segundo ele, 100 mil toneladas serão para operações de venda em balcão aos pequenos criadores e outras 400 mil toneladas para atender as agroindústrias por meio de leilões de Valor de Escoamento da Produção (VEP).
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) continua enfrentando dificuldades na remoção do milho estocado em Mato Grosso e Goiás para atender criadores da região Nordeste, Rio Grande do Sul e Goiás. No leilão realizado nesta quinta para contratação de frete para remoção de 116 mil toneladas, houve interesse das empresas transportadoras por apenas 11 mil toneladas.
O diretor da Conab, Silvio Porto, afirmou que, por causa das dificuldades para remoção dos estoques, a estatal irá rever a dependência do transporte rodoviário, para incluir nos próximos leilões a intermodalidade, principalmente a via férrea. Porto disse que a Conab também está trabalhando para ampliar a rede de armazéns credenciados na região Sul e no médio prazo está prevista a construção de uma unidade em Santa Catarina. No Nordeste serão realizados investimentos nos armazéns para recebimento de granéis, pois a maioria é convencional (sacarias), com baixa capacidade de recepção de cargas.
– Para este ano não tem milagre. O desafio é como ampliar o fluxo de milho tanto para o Sul como para o Nordeste – informou ele.
Agência Estado
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