Agricultura
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Seca nos EUA favorecerá lucratividade dos produtores brasileiros

A seca que atinge as lavouras dos Estados Unidos e pode resultar numa perda de 30% no milho e de 20% na soja – num total de mais de 100 milhões de toneladas – poderá beneficiar os produtores brasileiros. A avaliação é do assessor da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Sávio Pereira, que visitou o país entre os dias 10 e 14 de setembro para avaliar os efeitos da estiagem no Meio-Oeste e obter informações sobre a nova lei agrícola norte-americana.

“Há uma quebra muito grande nos Estados Unidos e isso beneficia a produção e a expansão da área agrícola no Brasil. Os produtores brasileiros terão lucratividade garantida para a safra de 2013”, analisa ele.

Além de Pereira, o adido agrícola da Embaixada do Brasil dos Estados Unidos, Horrys Friaça, também participou da viagem. Eles visitaram a Bolsa de Chicago, três fazendas em Iowa (estado que é o maior produtor de soja, milho, carne suína e etanol dos EUA), as secretarias de Agricultura de Iowa e de Indiana, a Universidade de Purdue, a Associação Americana de Soja (ASA, sigla em inglês) e a Associação Americana dos Produtores de Milho (ACGA, sigla em inglês). Os representantes brasileiros foram recebidos, ainda, pelo economista chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), Joe Glauber, em Washington.

Segundo o assessor da SPA, aparentemente os preços atingiram os seus patamares máximos – US$ 17/bushel para a soja e US$ 8/bushel para o milho –, o que está favorecendo os produtores de milho e soja brasileiros na realização de negócios futuros. O prejuízo na produção de carne suína é o maior da história.

A lei agrícola não deve ser votada antes das eleições. De acordo com ele, há uma dúvida se a atual será prorrogada por seis meses ou se seria votada no final do ano entre novembro e dezembro. Pereira constatou que a política de preços mínimos tende a acabar naturalmente nos EUA (conhecida como loan rate) já que os atuais níveis de preços são irrelevantes e não pressionam os gastos.

“O grande gasto americano realmente é com o seguro agrícola. O chamado seguro de receita existe, mas o subsídio ao prêmio foca a perda física. Existem varias combinações de preços e perdas físicas nas apólices. Precisamos estudar melhor o assunto no Brasil”, ressalta.

Ministério da Agricultura

Foto: Divulgação/Aprosoja

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