As vendas de máquinas agrícolas apresentaram alta de 10,5% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A comercialização atingiu 6,5 mil unidades no mês. Apesar do resultado positivo, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), afirma que o aumento poderia ter sido maior. Para o vice-presidente da Anfavea, Milton Rego, a queda nas vendas de tratores prejudicou o setor.
— O que vem acontecendo, e acontece até agora, mais particularmente no início do ano, quando comparado com o ano passado, é que os programas da agricultura familiar apresentaram ritmo de vendas menores de tratores, mas não apresentaram ritmo menor do total, do faturamento — explica o representante da Anfavea.
Para o segundo semestre o cenário é positivo. A redução da taxa cobrada nos financiamentos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) recuou de 5,5% para 2,5%. A baixa favorece a sustentação das vendas até o final deste ano. Com isso, a expectativa da Anfavea é fechar no mesmo patamar de vendas do ano passado.
Nas exportações, não há expectativa para a retomada das compras pela Argentina, principal mercado importador das máquinas produzidas no Brasil.
— Infelizmente é o nosso principal parceiro comercial, mas eu diria que está longe de uma normalidade. As nossas empresas não conseguem obter as licenças de importação. Os nossos produtos estão sob análise prévia, por conta disso, as nossas redes de distribuição dentro da Argentina ainda estão com muita dificuldade de ter um estoque normal para venda dos clientes — diz o dirigente.
Foto: Tadeu Vilani/ Agencia RBS