O encontro da Associação Brasileira de Médicos Veterinários de Equídios (Abraveq), que foi realizado na cidade de Campinas no interior de São Paulo, durante o último fim de semana, destacou as doenças do aparelho respiratório como um dos principais motivos da queda de rendimento dos cavalos de competição. O problema é provocado, normalmente, pelo clima ou pelo excesso de areia nos pulmões e é mais comum entre animais de corrida. Segundo o professor Daniel Augusto Barroso Lessa, da Universidade Federal Fluminense (UFF), as doenças ocorrem porque os animais são retirados de seu habitat natural e colocados em locais como baias.
– O cavalo nasceu para viver no pasto, e a gente o coloca na cocheira. A cocheira tem todas as mazelas nesse sentido. Então temos que tentar minimizar essa condição ambiental.
O professor da Universidade de São Paulo (USP), Wilson Roberto Fernandes, fala sobre os cuidados que o criador ou o veterinário devem ter no diagnóstico da Doença Inflamatória das Vias Aéreas (Diva).
– O principal é manter o animal em um ambiente limpo. Deve ser um ambiente sem poeira, com ventilação, com água limpa, com um cocho adequado para comida, e tentar fazer sempre um esquema de vacinação para doenças virais do sistema respiratório.
Durante a conferência, especialistas apresentaram o resultado de estudos que ressaltam a importância do tema. A obstrução das vias aéreas (Orva) é um dos problemas que os criadores e médicos veterinários devem estar atentos.
– Quanto melhor o ambiente de estabulação, melhor para o animal – afirma Barroso Lessa.
Fonte: Canal Rural
Foto: Jean Pimentel