Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta quarta-feira, 04 de dezembro de 2013
Algodão
As cotações do algodão em pluma têm reagido no mercado brasileiro, influenciadas pela maior demanda. Segundo pesquisadores do Cepea, muitas indústrias, surpreendendo agentes do setor, estão mais ativas no mercado, no intuito de garantir a matéria-prima necessária para o consumo neste final de ano e início de 2014. Compradores, inclusive, aceitam pagar preços maiores, especialmente quando os negócios envolvem lotes de boa qualidade. Quanto aos vendedores, apenas tradings têm sido mais ativas no mercado – o que, inclusive, favorece a atuação de comerciantes, que voltam a fechar contratos “casados”. Assim, no geral, prevalece a restrição vendedora. Cotonicultores, à espera de que o movimento de alta nos preços siga firme, estão retraídos do mercado spot. Entre 26 de novembro e 3 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias subiu 0,96%, fechando a R$ 2,1218/lp na terça-feira, 3. Em novembro, o Indicador acumulou alta de 1,1%.
Arroz
A demanda voltou a ficar aquecida no mercado de arroz nas últimas semanas. Diferente do que apontavam muito colaboradores do Cepea, indústrias têm sinalizado interesse em realizar novos negócios para renovar estoques. Nesse cenário, os engenhos reajustam os preços diariamente, devido à necessidade de atrair produtores independentes. Vendedores, por sua vez, seguem retraídos, esperando a continuidade das altas e também visando a finalização dos trabalhos de campo. Com demanda mais ativa e oferta restrita, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% de grãos inteiros) acumulou alta de 2,18% entre 26 de novembro e 3 de dezembro, a R$ 35,49/sc de 50 kg nessa terça-feira, 3. Em novembro, a valorização foi de 4,3%, com média de R$ 34,11/sc, 1,1% maior que a de outubro e a quinta maior média mensal do ano.
Trigo
As negociações no mercado de trigo seguem envolvendo apenas pequenas quantidades, mas, aos poucos, têm se intensificado. No Paraná, o volume já comercializado registra o maior percentual das últimas sete safras, pelo menos – período de dados disponíveis no Deral/Seab. Porém, segundo pesquisadores do Cepea, a disparidade entre o preço ofertado pelo comprador e o pedido pelo vendedor faz com que produtores optem por efetuar troca de trigo por insumos da produção da safra de verão e/ou por aceitar negociar com longos prazos de pagamentos, que podem chegar a 90 dias. Vale ressaltar, no entanto, que a participação das vendas desta safra paranaense sobre o total tem relação com o menor volume produzido. No Rio Grande do Sul, porém, a situação é um pouco diferente. Apesar de o estado possivelmente conseguir produzir volume recorde e com boa qualidade, no geral, os preços estão em queda e a liquidez, fraca.
Fonte: Cepea