Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta quarta-feira 27.11.2013
Algodão
Os preços do algodão em pluma estão praticamente estáveis no mercado brasileiro. No início da semana passada, a liquidez esteve baixa, mas houve reação nos últimos dias. Quanto aos negócios antecipados, o interesse comprador está um pouco maior, mas divergências entre os preços ofertados por esses agentes e os pedidos por vendedores dificultam os fechamentos. Segundo pesquisadores do Cepea, no cenário internacional, os contratos futuros registram fechamentos mistos, o que influencia as diferentes perspectivas de agentes no mercado físico brasileiro. O maior interesse de indústrias em fechar contratos antecipados para recebimento da pluma no próximo ano está atrelado ao fato de muitas unidades entrarem em férias coletivas nas próximas semanas. Assim, empresas querem se precaver de possíveis reações mais expressivas de preços no início do ano, quando a demanda industrial tende a aumentar com a volta ao trabalho. Entre 19 e 26 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias registrou alta, de 0,7%, fechando a R$ 2,1016/lp na terça-feira, 26. Na parcial do mês, o Indicador acumula elevação de 0,56%, com média de R$ 2,0837/lp.
Arroz
A liquidez no mercado de arroz esteve maior nos últimos dias no Rio Grande do Sul, puxada pelo interesse comprador. Segundo pesquisadores do Cepea, nesse cenário, os preços subiram em algumas regiões, voltando aos patamares observados no início de setembro de 2013, mas ainda caíram em outras praças. Entre 19 e 26 de novembro, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% de grãos inteiros) teve alta de 1,6%, fechando a R$ 34,73/saca de 50 kg na terça-feira, 26. Na parcial de novembro, o Indicador acumula aumento de 3,5%. Apesar da valorização, no agregado, ainda há regiões em que as altas foram menos intensas, o que amplia a diferença em relação ao Indicador. Em relação ao mercado, no geral, beneficiadoras estão um pouco mais ativas, tanto visando atender contratos de exportação quanto do mercado doméstico. Do lado da oferta, alguns produtores disponibilizaram alguns lotes de casca, devido ao interesse em desocupar silos para o recebimento do cereal da nova safra. No entanto, as constantes chuvas no RS têm dificultado o carregamento.
Trigo
Os preços do trigo seguem em queda no Brasil. Além da intensificação da colheita no Rio Grande do Sul e da expectativa de maior oferta do Mercosul, compradores brasileiros, relativamente estocados, têm pressionado as cotações do cereal. Vendedores, no entanto, estão retraídos, o que tem limitado as negociações. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos compradores estão na expectativa de que produtores, especialmente os gaúchos, fiquem mais flexíveis nos valores nos próximos dias, já que precisariam negociar parte da produção para pagamento de dívidas de custeio e de gastos com a colheita. Moinhos ainda esperam que o avanço da colheita na Argentina aumente a oferta de trigo de qualidade a preço competitivo.
Fonte: Cepea