Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta segunda-feira 25.11.2013
Mandioca
Apesar da intenção de produtores em avançar com a colheita de mandioca de primeiro ciclo, o clima – excesso de chuvas em algumas regiões e seca em outras – atrapalhou os trabalhos de campo. Mesmo com produtividade agrícola e rendimento industrial baixos, muitos agricultores querem aproveitar os preços crescentes, enquanto outros necessitam entregar áreas de arrendamento. Segundo pesquisadores do Cepea, com oferta ainda reduzida, o valor médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia entre 18 e 22 de novembro foi de R$ 552,37 (R$ 0,9606/grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), alta de 1% em relação à semana anterior e de 9,4% em quatro semanas. Há expectativa de agentes para a melhora na oferta de mandioca nas próximas semanas. No entanto, este cenário depende da manutenção dos patamares atuais das cotações do produto, para ser viável colher com a baixa produtividade de muitas áreas. Capitalizados, produtores podem se retrair ao menor sinal de queda nos preços. A demanda, por sua vez, deve se manter aquecida.
Ovos
Os preços dos ovos subiram nos últimos dias na maioria das regiões consultadas pelo Cepea, mas de forma pontual. Com os descartes de poedeiras ocorrendo desde agosto, a produção de ovos comerciais maiores, entre eles os tipos grande, extra e jumbo, está mais restrita. Além disso, segue elevado o volume ofertado de ovos de tamanho menor (pequeno e médio), o que tem, inclusive, pressionado as cotações dessas mercadorias. Segundo alguns colaboradores do Cepea, o patamar de preços está tão baixo, que é preferível negociar o produto na forma líquida, evitando os custos com embalagem. De qualquer forma, pesquisadores do Cepea relatam que, como resultado da oferta relativamente menor entre o fim da semana passada e início desta, produtores conseguiram negociar ovos do tipo extra a preços superiores até o feriado do dia 20 (Dia da Consciência Negra) na maioria das praças. Após a data, porém, as cotações voltaram a ter pequenas quedas. Quanto à demanda, além da típica melhora de início de mês, agentes esperam um aquecimento do consumo ao longo de dezembro para o Natal.
Soja
A comercialização da soja em grão se mantém travada no Brasil, já que são poucos os lotes disponíveis da safra 2012/13 e vendedores estão retraídos. Já compradores não sinalizam muitas ofertas de aquisição para a soja da temporada 2013/14. Segundo pesquisadores do Cepea, com isso, os preços vêm sendo praticamente nominais no Brasil. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) ficou estável entre 14 e 22 de novembro, a R$ 77,25/saca de 60 kg na sexta-feira 22 – ainda o maior patamar desde 24 de setembro de 2012. Ao ser convertido para dólar, moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa, o Indicador fechou a US$ 33,81/sc de 60 kg na sexta, aumento de 1,53% se comparado à quinta-feira, 14. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, teve queda de 1,54% entre 14 e 22 de novembro, indo para R$ 73,82/sc de 60 kg na sexta.
Fonte: Cepea