O cultivo de produtos orgânicos, feitos sem a adição de agrotóxicos, está em ascensão no Brasil. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a produção aumenta de 15% a 20% por ano. Mesmo diante do crescimento do consumo, os produtores têm desafios no segmento, como aumentar a produtividade e a oferta dos orgânicos.
As diferenças entre lavouras orgânicas e tradicionais são sutis. A planta, no entanto, é mais clara e o sabor é diferente. O produtor rural Paulo Honda, de Mogi das Cruzes (SP), explica que o controle de pragas é feito a partir de combinações que não afetam o meio ambiente, como uma solução à base de pimenta e alho, que afasta os insetos. Outra maneira de controlar as pragas é manter o mato que cresce em volta da plantação.
– O mato é um aliado das plantas, existe mato que atrai os insetos mais do que o próprio produto – destaca o produtor.
Honda trabalha há 15 anos somente com produtos orgânicos. Antes disso, ele utilizava o sistema convencional, até que suas experiências foram compradas por uma empresa da região, que se interessou pela alternativa. Hoje, o agricultor cultiva seis hectares de alface, brócolis, batata, berinjela e moranga sem utilizar nenhum produto químico.
– O produto é bastante seguro para quem trabalha e especialmente para os consumidores. Nós estamos contribuindo para questões ambientais, como solo, ambiente e recuperação de matas de reserva – pontua.
No entanto, o produto ainda é caro ao consumidor devido à baixa oferta e produtividade.
– Nós não temos insumos eficientes para produção orgânica. A produtividade ainda é , principalmente nesta época com clima severo. A gente tem uma perda muito grande de produtos folhosos – explica.
De acordo com o diretor de Agregação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Arnoldo de Campos, em algumas redes, no entanto, o aumento na produção de alimentos orgânicos pode chegar a 40%, consequência do crescimento econômico, que dá mais opções ao consumidor.
Fonte: Canal Rural
Foto: Divulgação/Governo da Bahia