No período de estiagem, entre junho e setembro, a baixa disponibilidade de forragem no pasto prejudica o desempenho de bovinos – o que resulta em perda de peso, declínio acentuado da produção de leite, diminuição da fertilidade e enfraquecimento geral do rebanho. O gerente de marketing para pastagem da Dow Agrosciences, Roberto Risolia, aponta que um bom diagnóstico é o primeiro passo para qualificar as pastagens e garantir sua longevidade e produtividade.
– Tudo parte de um bom diagnóstico: se você deve recuperar o pasto ou reformar o pasto degradado. A recuperação tem sido mais vantajosa, você tem custo e risco menores.
Segundo ele, quando o boi consome a forragem, ele automaticamente retira os nutrientes do solo.
– Com o tempo, é natural que a pastagem tenda a degradar. É necessário investir. O caminho é a produtividade. O investimento deve ser feito de forma otimizada, fazendo um bom diagnóstico, com decisões a longo prazo. Hoje, há uma série de novas variedades de capim surgindo, há tecnologias e processos como integração lavoura-pecuária, o plantio direto, que é uma tendência forte, entre outros – destaca Risolia.
Entre as alternativas para assegurar um padrão alimentar de qualidade durante esse período, está a utilização de capineiras. O capim-elefante, por ser de fácil cultivo e bom valor nutritivo, é uma das forrageiras mais utilizadas. A manutenção, a reforma de pastagens e a lotação adequada de animais por hectare também permitem que o pecuarista garanta mais rendimento à propriedade. Se manejadas corretamente, a alimentação à base de pastagem ainda causa danos menores ao meio ambiente e ao bolso do produtor. Para se ter um pasto produtivo, é necessário escolher a espécie ou cultivar, a área, a época, além de preparar e corrigir o solo.
Fonte: CANAL RURAL
Foto: Jon Sullivan/Sxc.