Os embarques de couro fecharam em alta no mês de janeiro, rendendo quase U$S 165 milhões para o setor, um aumento de 27,4% na comparação com o mesmo período de 2012. Para a indústria exportadora, a perspectiva é de que em 2013 o alto índice de vendas para mercado externo permaneça durante o ano.
– A exportação de couro representou 10% do superávit comercial do país, sendo que 2012 foi o pior ano de exportação na balança comercial da última década. Nós fomos, com esse resultado, colaboradores de uma recuperação, de um resultado não tão ruim como a balança se mostrava – aponta o diretor-executivo do Sindicouro, Alberto Sklitas.
O crescimento é considerado ainda mais positivo porque está ligado ao couro acabado. Hoje, o Brasil já consegue exportar 43% da produção em couro acabado, que tem maior valor agregado e garante um número maior de empregos para o Brasil. O couro chamado de wet blue, que é sem processamento, responde por 45% do mercado. O segmento pretende, antes de aumentar a quantidade geral, conseguir migrar para o mercado de produto processado.
– Este trabalho tem sido feito ao longo do tempo para que se exporte mais com valor agregado e não se faça toda a exportação em uma matéria-prima, que é o wet blue. O couro exportado no blue tem um valor que é praticamente um terço, um quarto ou até um quinto do valor do couro acabado – acrescenta Sklitas.
Já no mercado interno, as vendas continuam em declínio, influenciadas, principalmente, pelo mercado chinês.
Fonte: Canal Rural
Foto: Edson Costa