O mercado de trabalho no agronegócio foi tema de um seminário na Expozebu 2013, em Uberaba (MG), nesta segunda, dia 06. Público alvo foram estudantes de zootecnia, veterinária e agronomia. Os especialistas apostam no novo perfil do profissional que quer entrar no mercado.
A mão de obra especializada vai ajudar o Brasil no desafio de se tornar cada vez mais competitivo como produtor de alimentos para o mundo. Bruno Diniz é advogado recém formado. Veio de Belo Horizonte para o Triângulo Mineiro para viver o dia a dia do agronegócio e entender a dinâmica da produção agropecuária. Os problemas que o setor enfrenta, principalmente nas questões jurídicas, podem ser um bom campo de trabalho. Ele já percebeu que existem conflitos de funções no mercado em diferentes especialidades.
– Você pega o zootecnista, o veterinário, eles são conflitantes na área deles e não entendem qual é realmente a função de cada um, aí a gente pega um veterinário ou zootecnicista querendo atuar na área de um administrador de marketing. Tem que ter esta segmentação bem definida para darmos uma estrutura boa para o setor para entrarmos como concorrentes de outros setores na gestão – diz o advogado Bruno Diniz.
Alvamiro Paiva é estudante de zootecnia e entende bem o perfil que o mercado quer para a profissão que escolheu.
– A demanda por alimentos está cada vez maior e mais exigente, então procura-se uma maior produtividade no meio rural, e quem atende isso é o zootecnista. Nsta demanda de proteína animal é o zootecnisita quem vai garantir na mesa do consumidor – fala Paiva.
Hoje, 17 mil estudantes da área de ciências agrárias estão inscritos nos cursos que vão de pós-graduação até doutorado. É um número crescente de uma geração que está se tornando cada vez mais competitiva. O mercado de trabalho no agronegócio responde rapidamente quando há investimento e oferta de mão de obra especializada.
– Este é perfil que se precisa do profissional hoje. Capacidade de gestão, gestão da inovação que quebra os paradigmas, porque nós precisamos atender a uma demanda global de eficiência e competitividade – diz o assessor de planejamento da Fundação de Amparo à Pesquisa de MG, Claudio Furtado Soares.
A Expozebu abriu espaço para os estudantes que querem entender o que está acontecendo no mudo do agribusiness, que desde 1994 serve como fiel da balança comercial do país. De acordo com o assessor de agronegócio do Banco do Brasil Elizio Carlos Cotrim, o investimento em qualificação pode ajudar o país a dar um salto ainda maior e oferecer muito mais do que commodities para o mercado mundial.
– Vendemos principalmente soja em grão, milho em grão, café em grão, bife fresco. Se a gente agregar mais valor a este produto já em uma fase posterior o saldo seria muito maior – diz Cotrim.
Fonte: Canal Rural
Foto: Diogo Zanatta