O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) tem lançamento prometido para setembro, no entanto, o governo federal ainda não definiu o volume de recursos que será disponiblizado para investir em produção, pesquisa e comercialização de alimentos orgânicos. Os produtores acreditam que o Planapo vai ajudar a popularizar o setor e reduzir os preços ao consumidor.
– O valor final está em formatação, mas posso adiantar que vai ser um valor considerável. Vai ser um recurso significativo que a União está disposta a investir e a gente tem a intenção de, ainda em setembro, fazer o lançamento – afirma o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
Aprovado no início de junho, o Planapo ainda precisa da sanção presidencial para entrar em vigor. Basicamente, o plano vai trabalhar em quatro áreas: ampliação e fortalecimento da produção, conservação e uso dos recursos naturais de forma sustentável, conhecimento e pesquisa, e comercialização.
– O plano ele está todo fundamentado em metas até 2015, porque a proposta é que ele fique em articulação com o Plano Plurianual de Governo – explica Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura.
O plano também pretende reduzir o valor dos produtos para o consumidor e, assim, aumentar a comercialização dos orgânicos, que hoje representa cerca de 5% do total de alimentos vendidos no país. Além disso, a proposta deve fomentar o setor. Segundo o Ministério da Agricultura, hoje são, aproximadamente, 11.500 propriedades certificadas no Brasil, 70% das quais pertencentes a agricultores familiares. Na visão do agrônomo Flávio Costa, especialista em agroecologia, o sucesso do Planapo depende não apenas de investimentos no setor, mas de uma campanha educacional de incentivo ao consumo para toda a sociedade, aliada à uma eficiente assistência técnica ao agricultor.
Fonte: Canal Rural
Foto: Roni Rigon