Agronegócio
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Produção agrícola mundial deverá crescer 1,5% ao ano na próxima década

A produção agrícola mundial deverá crescer em média 1,5% ao ano ao longo da próxima década, em comparação com o crescimento anual de 2,1% entre 2003 e 2012. É o que aponta um novo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A pequena expansão de terras agrícolas, o aumento dos custos de produção, a crescente escassez de recursos e o aumento das pressões ambientais são os principais fatores por trás dessa tendência. No entanto, o relatório defende que a oferta de produtos agrícolas deve acompanhar o ritmo da demanda global.

– A América Latina, especialmente o Brasil, continua sendo um importante centro da produção agrícola e espera-se que, junto com o leste europeu, seja um dos principais provedores de mercados agrícolas na próxima década – disse Mario Mengarelli, representante regional da FAO para o tema.

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De acordo com o relatório “Perspectivas sobre a Agricultura da OCDE-FAO para 2013-2022″, em 2022 o Brasil continuará sendo o maior exportador de açúcar, com 50,7% do setor; de aves, com 33%; e de carnes bovinas, com 17,3% da exportação mundial.

Os especialistas apontam que a agricultura tornou-se um setor cada vez mais orientado pelo mercado e não pelas políticas, como era no passado, oferecendo aos países em desenvolvimento oportunidades de investimentos e benefícios econômicos devido a sua crescente demanda por alimentos, para além do possível aumento da produção e das vantagens comparativas em muitos mercados mundiais. Espera-se que os países em desenvolvimento cubram 80% do crescimento da produção mundial de carne e fiquem com a maior parte do crescimento do comércio ao longo dos próximos 10 anos. A maioria das exportações mundiais de cereais, arroz, sementes oleaginosas, óleos vegetais, açúcar, carne bovina, frango e peixe serão deste grupo de países em 2022.

O diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, afirmou que os elevados preços dos alimentos constituem um incentivo para o aumento da produção.

– Temos de fazer o nosso melhor para garantir que os agricultores pobres se beneficiem deles. Não nos esqueçamos que 70% da população mundial em situação de insegurança alimentar vive nas áreas rurais de países em desenvolvimento e que, na sua maioria, são pequenos agricultores que praticam uma agricultura de subsistência – disse Graziano.

Fonte: ONU

Foto: Reprodução/CanalRural

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