Agricultura
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Projeto no Paraná irá orientar agricultores que buscam a certificação de orgânicos

A Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) firmou convênio com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para certificação de produtos orgânicos nos 46 municípios de abrangência da instituição.

O projeto, que teve início no primeiro semestre deste ano, é coordenado pelo Núcleo de Estudos de Agroecologia e Territórios, do campus Luiz Meneghel. Técnicos da universidade vão visitar agricultores familiares ou pequenas agroindústrias que tenham interesse em converter sua produção convencional (agroquímica) para o modelo tecnológico orgânico. A universidade, por meio do projeto “Programa Paranaense de Certificação de Produtos Orgânicos”, pretende atender pelo menos 50 produtores nos próximos três anos. O pró-reitor de Extensão e Cultura da UENP, Rogério Macedo, explica que o processo de certificação será orientado por técnicos da Universidade, treinados pelo Tecpar, para que possam acompanhar e capacitar os produtores e agroindústrias. Eles terão de se adequar às normas legais definidas pela legislação brasileira para produtos e processos de produção orgânica. Podem ser contemplados os agricultores que trabalham com produtos de origem vegetal ou animal, as agroindústrias ou associados de produtores. Rogério Macedo comenta que para receber a certificação, o modelo orgânico de produção proíbe o uso de agroquímico como agrotóxicos e também de fertilização química.

– O modelo é baseado na recuperação do solo, em seu manejo orgânico e, no que se refere ao tratamento fitossanitário de pragas e de doenças, com tecnologias que não usem veneno – diz.

organico divulgação sxc

O professor explica que durante o curso de vigência do projeto não haverá custo nenhum para o produtor pelas auditorias realizadas pela universidade. A partir de 2015, quando termina o projeto, a relação será diretamente com o Tecpar e passará a ter um custo periódico para a visita de um auditor para manter a certificação.

– Esse custo, em comparação com certificações privadas, é muito menor – garante o professor.

O interessado vai assumir apenas os gastos que envolvam a mudança do sistema convencional para o orgânico, o que varia de propriedade para propriedade, dependendo do diagnóstico dos técnicos. Rogério Macedo ressalta que, atualmente, há várias oportunidades de mercado para produtos orgânicos, mas falta oferta.

– O governo federal, por exemplo, tem o programa de merenda escolar que garante para cada município 30% a mais de recursos se o produto comprado for orgânico, mas somente uma minoria de municípios no Brasil consegue acessar esses recursos – explica.

A equipe da UENP, formada por dois engenheiros agrônomos, um biólogo, uma estudante de agronomia e outros dois professores agrônomos, fará o monitoramento, mas os agricultores só receberão os certificados depois que passarem por uma auditoria de outra instituição de ensino superior para evitar que as mesmas pessoas façam a avaliação. Neste caso, a auditoria será feita por técnicos da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O agricultor e pequenas agroindústrias que aderirem ao programa estadual terão em seus produtos o certificado Tecpar Cert, reconhecida no mercado internacional.

Fonte: Governo do Estado do Paraná

Foto: Sxc/Divulgação

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