Confira os índices do Boletim Agronegócio.net – Índices da semana (28 de abril até 30 de abril)
Algodão
A liquidez no mercado de algodão está bastante lenta, conforme indicam pesquisadores do Cepea. Os recentes feriados no Brasil pesaram neste cenário, mas a retração compradora foi o fator que mais se destacou. De 23 a 29 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias registrou queda de 2,67%, fechando a R$ 2,0177/lp nessa terça-feira, 29. Na parcial de abril/14, o Indicador recuou 6,44%. Além da expectativa de maior oferta e possível queda de preços para os próximos meses, as menores paridades de importação e exportação também estão pressionando o mercado. No campo brasileiro, apesar de já ter sido iniciada a colheita da atual temporada, especialmente em Mato Grosso do Sul, agentes ainda aguardam o avanço mais expressivo e a entrada efetiva do produto do Cerrado para analisar produtividade e qualidade da pluma. Por enquanto, há sinalização de qualidade variada nos lotes já colhidos, ao mesmo tempo em que as condições climáticas preocupam em relação ao desenvolvimento das lavouras e a formação de maçãs no Cerrado.
Arroz
Com o avanço da colheita da safra 2013/14, orizicultores têm disponibilizado maior volume de arroz em casca na comparação com períodos anteriores. Entretanto, permanecem firmes nos preços pedidos. Diante da necessidade de compra, indústrias aceitaram os valores pedidos por vendedores. Com a melhora no ritmo de comercialização, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros) subiu 1,86% entre 22 e 29 de abril, fechando a R$ 35,99/sc de 50 kg (dia 29). Na parcial de abril, o Indicador registra expressiva alta de 5,92%.
Etanol
O Indicador semanal CEPEA/ESALQ do etanol hidratado no estado de São Paulo teve média de R$ 1,3558/litro (sem impostos) entre 22 e 25 de abril, queda de 4,5% na comparação com o período anterior. Para o anidro, houve pequena elevação de 0,4% no mesmo período, com o Indicador semanal CEPEA/ESALQ a R$ 1,5383/litro. De acordo com pesquisadores do Cepea, ainda que a demanda tenha se mostrado aquecida na última semana, principalmente por hidratado, a oferta aumentou proporcionalmente mais. Além de conseguirem avançar nas atividades de colheita, usinas elevaram o volume ofertado devido à necessidade de “fazer caixa”. Do lado da demanda, distribuidoras estiveram mais ativas, dada a necessidade de reposição dos estoques vendidos no último feriado prolongado.
Mandioca
Em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea houve chuvas frequentes e em excesso na semana passada, limitando o avanço da colheita de mandioca. Assim, a quantidade de raízes processada na indústria de fécula recuou 13% no período. Porém, mesmo com a menor oferta de matéria-prima, os preços caíram na maioria das regiões. Segundo agentes, a pressão veio da expectativa de boa disponibilidade de mandioca no curto prazo e da menor liquidez no mercado de derivados. O baixo ritmo de negócios no mercado de farinha levou parte das empresas a reduzir ou mesmo interromper o processamento. Com isso, alguns produtores passaram a entregar a matéria-prima às fecularias, o que resultou em certo excedente de produção e, consequentemente, em baixa das cotações.
Milho
Com a colheita da primeira safra brasileira de milho caminhando para a reta final, o setor volta suas atenções ao desenvolvimento da segunda temporada e ao avanço do cultivo da safra 2014/15 nos Estados Unidos. De modo geral, o clima está bastante favorável às lavouras no Brasil, mas a previsão de menor volume de chuvas nas próximas semanas pode ser prejudicial. Nos Estados Unidos, apesar de o cultivo ainda estar atrasado em relação à média dos cinco anos anteriores, houve avanços importantes. No Brasil, compradores consultados pelo Cepea indicam boa oferta da segunda safra, apesar da menor área, e uma possível exportação em menor intensidade no segundo semestre, o que poderia elevar a disponibilidade interna e pressionar as cotações. Porém, produtores não demonstram tanto otimismo quanto ao volume da temporada de inverno.
Ovos
A variação entre as cotações dos ovos brancos e vermelhos, que em março esteve perto de 20 reais a caixa de 30 dúzias, vem recuando neste final de abril, segundo levantamentos do Cepea. No atacado da Grande São Paulo, por exemplo, o vermelho está custando apenas 8,93 reais a mais que o branco. Essa aproximação dos valores se dá principalmente pelas quedas mais intensas das cotações do ovo vermelho em relação às do branco. Até meados de fevereiro, os preços do vermelho vinham subindo mais fortemente na comparação com o branco. Desde então, os altos patamares vêm inibindo o consumo. A menor demanda, reforçada pelo recente feriado prolongado e pelo período de segunda quinzena do mês, derrubou fortemente as cotações. Para o branco, as quedas foram menos intensas porque os valores não haviam se elevado tanto.
Soja
Os preços da soja em grão têm registrado quedas no mercado brasileiro, de acordo com informações do Cepea. No Brasil, com a comercialização mais avançada, vendedores negociam os estoques de forma mais lenta. Além disso, a desvalorização do dólar frente ao Real também tem pesado nos valores. Entre 17 e 25 de abril, o Indicador da soja Paranaguá CEPEA/ESALQ/BM&FBovespa, que é baseado em negócios realizados, teve queda de 2,13%, a R$ 70,46/sc de 60 kg na sexta-feira, 25. Ao ser convertido para dólar (moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa), o Indicador foi de US$ 31,43/sc de 60 kg, baixa de 2,2% no mesmo período. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, recuou 1,5% entre 17 e 25 de abril, indo para R$ 67,81/sc de 60 kg na sexta-feira.
Fonte:Cepea