Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta quarta-feira, 08 de janeiro de 2014.
Algodão
As transações no mercado de algodão em pluma na safra 2013/14 devem ser tão desafiadoras aos agentes quanto foram na temporada 2012/13. Segundo pesquisadores do Cepea, o cenário é de reação da demanda internacional – com exceção da China – e de queda na oferta mundial, mas de recorde nos estoques finais e de possibilidade de maior disponibilidade de estoques governamentais da China, fatores, portanto, que podem elevar e também derrubar os preços da pluma no correr da safra 2013/14. Assim, resta saber o que pesará mais: uma possível pressão por parte da China ou a sustentação vinda de outros países.
Arroz
Além da relação de oferta e demanda, a disponibilização de estoques públicos e as exportações devem influenciar os preços do arroz em casca no correr de 2014. Por enquanto, agentes do mercado consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul têm expectativas de alta para as primeiras semanas de 2014. O fortalecimento da demanda das indústrias, para atender vendas externas ou internas, e a baixa disponibilidade de arroz nos armazéns das empresas, mesmo com o anúncio dos leilões de venda do governo federal, são fatores que fazem com que produtores esperem preços firmes para este começo de ano. Contudo, o início da colheita da safra 2013/14, que deve ocorrer entre o final de fevereiro e o começo de março de 2014, pode pressionar as cotações domésticas – o clima está favorável ao desenvolvimento da temporada.
Trigo
Apesar de as cotações de trigo terem cedido expressivamente nos últimos três meses de 2013, os valores ainda permanecem acima da média histórica do Cepea. Considerando-se a menor oferta interna na safra atual, a necessidade de importação deve crescer no primeiro semestre de 2014. Além disso, pesquisadores do Cepea comentam que o dólar valorizado e a menor oferta do cereal da América do Sul podem dar sustentação aos preços domésticos, o que, por sua vez, pode atrair produtores para a cultura na safra 2014/15. Em relação aos estoques públicos nacionais, estão praticamente zerados, sendo que o atendimento da demanda interna deverá ser feito via importação. Com a menor oferta da Argentina, que tem registrado consecutivas perdas de áreas semeadas com trigo, a alternativa pode ser a importação do cereal do Hemisfério Norte, principalmente dos Estados Unidos. Contudo, pesquisadores do Cepea indicam que a desvalorização do Real frente ao dólar e o término do período de isenção da TEC (Taxa Comum Externa) devem pesar sobre os custos das compras externas, limitando possíveis quedas nos preços do cereal brasileiro.
Fonte: Cepea