Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta quarta-feira, 19 de fevereiro 2014.
Algodão
A comercialização de algodão em pluma está em ritmo lento e os preços, em queda. Compradores alegam que a qualidade da pluma disponível no mercado é baixa e que enfrentam dificuldade no repasse das altas da matéria-prima, ocorridas em janeiro, aos produtos derivados. Cotonicultores, temendo novas quedas nos preços, estão mais flexíveis nas vendas. Entre 11 e 18 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias caiu 0,77%, fechando a R$ 2,2720/lp na terça-feira, 18. Na parcial de fevereiro, o Indicador recuou 1,16%. Quanto à safra 2013/14, agentes consultados pelo Cepea estão preocupados com a falta de chuva no oeste da Bahia e em parte de Minas Gerais e, consequentemente, com o desenvolvimento do algodão. Há cotonicultores, inclusive, que já esperam queda na produtividade. Em Mato Grosso, por outro lado, o desenvolvimento da cultura está satisfatório.
Arroz
As indústrias alimentícias têm demonstrado pouco interesse em adquirir arroz em casca no Rio Grande do Sul. Esse cenário é resultado da retirada dos lotes adquiridos nos leilões de venda da Conab em janeiro/14, do início da colheita da safra 2013/14 e da lentidão das vendas de arroz beneficiado aos grandes centros consumidores. Entre 11 e 18 de fevereiro, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 8% grãos inteiros) recuou 2%, fechando a R$ 35,35/sc de 50 kg na terça-feira, 18. Na parcial do mês, o Indicador registra queda de 3,23%. Quanto à nova temporada, as atenções de orizicultores estão voltadas para as atividades de manejo e de colheita. A expectativa é que os trabalhos sejam intensificados no final de fevereiro e início de março. No entanto, as mudanças repentinas no clima estão preocupando produtores. Na Depressão Central é a falta de chuva que deixa os produtores em alerta, enquanto que, na Zona Sul, é o excesso de precipitações que pode atrapalhar o desenvolvimento do grão. Além disso, há a possibilidade de aumento no custo de produção desta safra, resultado dos manejos realizados em 2013, como replantio e pulverizações contra as pragas.
Trigo
Os dois estados produtores de trigo passam por cenários divergentes. Enquanto no Paraná a comercialização segue avançando, no Rio Grande do Sul, a liquidez é lenta. Nem mesmo a redução do ICMS gaúcho, para 8%, melhorou o ritmo de negócios no estado. Segundo pesquisadores do Cepea, os moinhos brasileiros têm dado preferência para o trigo Argentino, que apresenta qualidade superior. Com isso, as cotações seguem em queda no estado gaúcho e, consequentemente, tem aumentado a diferença entre os preços médios do Paraná e do Rio Grande do Sul. De 11 a 18 de fevereiro, especificamente, os preços no mercado de balcão (preço pago ao produtor) tiveram ligeira queda de 0,3% no PR e de 3,3% no RS. No mercado de lotes (negociações entre empresas), houve pequena alta de 0,3% no Paraná e estabilidade no Rio Grande do Sul. Entre os derivados, a demanda por farinhas continua firme. Moinhos, no entanto, estão tentando segurar as cotações e trabalham com descontos específicos para cada cliente.
Fonte:Cepea