Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta quarta-feira, 19 de março 2014
Algodão
O ritmo de comercialização de algodão em pluma tem aumentado frente a períodos anteriores. Os preços, no entanto, ainda estão enfraquecidos, registrando pequenas quedas diárias. Segundo pesquisadores do Cepea, ainda verifica-se disparidade entre as ofertas de compra e venda, além de disputa pelo produto de melhor qualidade. Entre 11 e 18 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias caiu 1,07%, fechando a R$ 2,2080/lp nessa terça-feira, 18. No acumulado do mês, a queda é de 1,36%. Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar da melhor liquidez, as baixas nos preços têm ocorrido de forma não muito expressiva, o que pode indicar uma busca por direcionamento por parte dos agentes. A finalização do cultivo no Brasil, depois das adversidades climáticas observadas especialmente em Mato Grosso, a proximidade da colheita no Sul e Sudeste – mesmo que em pequena representatividade sobre o total do Brasil – são fatores que justificam as dificuldades de antecipação de tendências, especialmente de preços.
Arroz
A colheita da safra 2013/14 segue resultando em pequenas quedas nas cotações do arroz em casca no Rio Grande do Sul. Segundo pesquisadores do Cepea, o ritmo de comercialização segue fraco. Indústrias esperam que os preços continuem em queda e, por isso, não intensificam as aquisições. Do lado vendedor, a oferta está limitada a poucos lotes. Produtores seguem atentos à colheita da safra de arroz e ao desenvolvimento da cultura. Com o aumento dos gastos com os tratos culturais da safra 2013/14 de arroz, orizicultores esperam que os preços sejam maiores ao observados neste início de colheita, podendo, em alguns casos, vender a soja em detrimento do arroz para “fazer caixa”. Entre 11 e 18 de março, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 8% grãos inteiros) recuou 0,21%, fechando a R$ 33,66/sc de 50 kg na terça-feira, 18.
Trigo
Os preços do trigo têm subido no mercado de lotes brasileiro, de acordo com dados do Cepea. Os baixos estoques atuais e a necessidade de importações para manter o abastecimento interno continuam dando o tom altista às cotações. As compras externas têm origens principalmente dos Estados Unidos, onde o produto segue valorizado devido à seca no país. No Brasil, a Conab voltou a reduzir a expectativa de produção da safra atual e indicou exportações irrisórias. Os novos dados da Conab apontam que a área do Paraná na temporada 2013/14 deve ter elevação de 28,3% sobre 2012/13 (para 992,8 mil hectares), mas a produtividade foi reajustada, com recuo de 32%, indo para 1.856 kg/ha. Assim, a produção paranaense ficou em 1,84 milhão de toneladas, 12,8% menor que a da temporada passada. Com menor disponibilidade no Paraná, a concorrência pelo produto gaúcho está cada vez mais acirrada. Nos últimos dias, os preços das regiões do RS, inclusive, foram os que mais se elevaram.
Fonte:Cepea