Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta quinta-feira, 06 de março 2014.
Açúcar
Em fevereiro, o Indicador de Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ (mercado paulista), cor (ICUMSA) entre 130 e 180, acumulou alta de 3,08%. A média mensal foi de R$ 50,38/saca de 50 kg, 0,18% superior à de janeiro (R$ 50,29/saca de 50 kg). De acordo com pesquisadores do Cepea, as cotações subiram apesar de a demanda por volumes adicionais de açúcar cristal ter sido restrita no mercado spot paulista no correr de fevereiro. Agentes de indústrias relataram que o recebimento de produto já contratado anteriormente foi suficiente para atender às necessidades da produção. Apesar disso, representantes das usinas não baixaram os valores de suas ofertas, mantendo-se firmes. Essa postura foi influenciada pelo comportamento das cotações internacionais do açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures), que voltaram a subir no mês.
Algodão
A baixa demanda interna e a disparidade entre o preço ofertado pelo comprador e o pedido pelo produtor limitaram as negociações da pluma em fevereiro, segundo pesquisadores do Cepea. Nesse cenário, os preços recuaram no mercado brasileiro. Apesar da retração de parte dos cotonicultores, comerciantes foram mais flexíveis quanto aos preços de venda. A menor paridade de exportação também pressionou os valores no Brasil. No acumulado de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias caiu 2,61%, fechando a R$ 2,2385/lp na sexta-feira, 28.
Mandioca
O avanço da colheita de mandioca tem sido prejudicado nos últimos dias por conta da chuva que atingiu parte das regiões acompanhada pelo Cepea. Além disso, evitando a formação de grandes estoques, parte da indústria, principalmente a de farinha, passou a limitar o recebimento da matéria-prima, gerando excedente. Esse cenário manteve as cotações da raiz em baixa, o que já vem ocorrendo há onze semanas. Com isso, a quantidade de raízes processada na indústria de fécula também recuou. Entre 24 e 28 de fevereiro, o valor médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 337,68 (R$ 0,5873/grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), queda de 4,7% na comparação com a média anterior. Ao longo de fevereiro, os preços seguiram em queda e a média mensal recuou expressivos 29,2%.
Milho
Os preços do milho subiram de forma expressiva em fevereiro, conforme apontam dados do Cepea. As condições climáticas adversas em muitas regiões do Brasil, que implicaram em atraso da colheita de verão e também no cultivo da segunda safra – que, por sua vez, apresenta grande percentual em condições de qualidade ruim –, foram os principais fatores de alta. A demanda firme nas últimas semanas do mês também motivou a reação nos valores do cereal. Em fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), reagiu fortes 27,39%, fechando a R$ 33,95/saca de 60 kg no dia 28.
Ovos
Fortes altas de preços marcaram o setor de ovos em fevereiro, em decorrência principalmente da oferta restrita, de acordo com informações do Cepea. No acumulado do mês, o vermelho tipo extra, posto na região da Grande Belo Horizonte chegou a se valorizar expressivos 43,6% (que corresponde a 25,80 reais a caixa), com a média passando de R$ 59,25/cx no dia 31 de janeiro para R$ 85,05/cx em 28 de fevereiro. Com a chegada da Quaresma, a expectativa de agentes é que o movimento de alta dos preços seja mantido. Em um período em que o consumo de algumas carnes costuma diminuir, o ovo acaba sendo uma das alternativas para consumidores, elevando a demanda pelo produto. Segundo pesquisadores do Cepea, na última semana de fevereiro, especificamente, o ritmo de negociação esteve um pouco mais lento, contrariando expectativas de alguns agentes que aguardavam uma retomada das compras visando o abastecimento para o carnaval. A baixa oferta, porém, garantiu novos aumentos de preços.
Soja
Estimativas oficiais dos estados produtores de soja, divulgadas na semana passada, confirmam a previsão de agentes quanto aos prejuízos causados pelo clima. A estiagem que atingiu o Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste no início deste ano deve reduzir a oferta brasileira de soja. Agora, no agregado, apesar de ainda poder produzir safra recorde, tudo indica que o Brasil não conseguirá passar os Estados Unidos, como estava previsto antes das intempéries. Diante das incertezas sobre o real tamanho da safra brasileira, conforme informações do Cepea, os preços estão subindo e compradores começam a resistir em pagar os atuais valores. Entre 21 e 28 de fevereiro, o Indicador da soja Paranaguá CEPEA/ESALQ/BM&FBovespa subiu 2,9%, fechando a R$ 73,67/saca de 60 kg na sexta-feira, 28. Em fevereiro, a alta foi de 8,02%.
Fonte:Cepea