Ricardo PereiraConfira os índices do Boletim Agronegócio.net desta segunda-feira, 03 de fevereiro 2014.
Ovos
Impulsionados pela combinação de menor oferta e maior demanda, os preços dos ovos tipo extra subiram pela segunda semana consecutiva. Pesquisadores do Cepea relatam, no entanto, que esses aumentos não foram suficientes para anular as quedas acumuladas em janeiro. Do lado do consumo, a retomada parcial das aulas resultou no aquecimento da procura por ovos na semana passada. A expectativa é que esse comportamento se intensifique nos próximos dias, reforçado pelo início do mês, quando o consumo tende a ser maior. Quanto à oferta, colaboradores do Cepea comentam que as dificuldades na criação de poedeiras vermelhas por conta de questões sanitárias vêm restringindo ainda mais o volume ofertado de ovo vermelho. De 24 a 31 de janeiro, as cotações do ovo tipo extra, branco, colocado na Grande São Paulo subiram 2,7%, com a média da caixa com 30 dúzias passando para R$ 50,77 na sexta-feira, 31. Quanto ao ovo posto na Grande BH e no Rio de Janeiro, as altas foram de 4,7% e 3,4%, respectivamente, no período, com as médias da sexta a R$ 51,20/cx e R$ 52,33.
Soja
Os valores internos da soja em grão seguem em queda, ainda influenciados pela colheita recorde no Brasil. Na última quarta-feira, 29, também como resultado do dólar elevado, o Indicador da soja CEPEA/ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) registrou o menor patamar em dois anos, quando fechou a US$ 27,73/sc de 60 kg. Em janeiro, o Indicador em Reais recuou 11,72%, a R$ 68,20/saca de 60 kg na sexta-feira, 31. Segundo pesquisadores do Cepea, na última semana, o alto nível pluviométrico limitou os trabalhos de campo em Mato Grosso. Já em Goiás e nos estados produtores do Norte e Nordeste o clima esteve mais favorável à colheita. No Sul, Sudeste e em parte sul de Mato Grosso do Sul, o clima quente e seco favoreceu os trabalhos de campo, mas está deixando produtores preocupados quanto ao desenvolvimento das lavouras em fase de floração e frutificação. O Brasil deve se consolidar como o maior produtor mundial na temporada 2013/14. Novas estimativas do USDA elevaram os números brasileiros para 89,5 milhões de toneladas, iguais aos da safra norte-americana passada. A Conab e consultorias privadas brasileiras apontam uma produção ainda maior no País.
Fonte: Cepea
