Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta segunda-feira, 17 de fevereiro 2014.
Mandioca
A seca na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea limitou a colheita da mandioca na última semana, apesar do interesse de produtores em manter os trabalhos de campo. As fecularias, por sua vez, estão com estoques altos e com o mercado sem movimento, o que motivou o menor interesse pela matéria-prima. Na indústria de farinha, o cenário foi semelhante, inclusive com interrupção do processamento em algumas unidades. Além disso, os baixos preços dos derivados, especialmente da fécula, também têm pressionado as cotações da raiz. Neste cenário de menor demanda, a mandioca se manteve desvalorizada. Entre 10 e 14 de fevereiro, o preço médio a prazo da tonelada posta fecularia foi de R$ 379,71 (R$ 0,6604/grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), recuou de 5,2% frente à semana anterior. Em quatro semanas, a queda acumulada foi de 25%. Mesmo com as significativas baixas recentes, a média desta semana ainda supera em 5,3% à de igual período do ano passado e em 57,2% à da mesma semana de 2012 em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de janeiro/14). Assim, de acordo com pesquisadores do Cepea, é possível que os preços registrem novas quedas.
Ovos
As cotações dos ovos seguem em forte alta em todas as regiões pesquisadas pelo Cepea. Esses aumentos, porém, não significam, necessariamente, maior lucratividade. Isso porque a oferta de ovos está bastante restrita e, em algumas localidades, chega a faltar produto, dados os efeitos do forte calor, entre eles a mortalidade elevada de galinhas, a diminuição do tamanho dos ovos e a perda de qualidade. Há registro, inclusive, de compras entre produtores na tentativa de suprir a demanda, que segue relativamente firme. Além disso, os preços do milho, principal insumo utilizado na avicultura de postura, apresentam contínuas altas, elevando os custos de produção. Na parcial de fevereiro, a valorização supera os 30% em algumas regiões. Entre 7 e 14 de fevereiro, para o ovo tipo extra, vermelho, posto na Grande BH e no Rio de Janeiro, as altas foram de 15,5% e 9,2%, nesta ordem, com as médias a R$ 77,50/cx com 30 dúzias e a R$ 77,42/cx na sexta. No mês, as cotações acumulam respectivas elevações de 30,8% em BH e de 30% no RJ.
Soja
Mesmo com as estimativas recentes apontando safra recorde de soja no Brasil, as preocupações quanto ao clima seco em parte das áreas produtoras e a forte demanda mundial elevaram aos preços domésticos e internacionais na última semana. Agentes consultados pelo Cepea indicaram que a situação das lavouras do Sul, Sudeste e de partes de MS era considerada crítica, com perdas estimadas em até 80% em algumas regiões. Com a colheita da safra 2013/14 ainda no início, quase não houve comercialização no físico para o produto posto corredor de exportação em Paranaguá (PR) entre 7 e 14 de fevereiro. Durante praticamente a semana toda, o Indicador da soja CEPEA/ESALQ/BM&FBovespa foi arbitrado a R$ 66,20/saca de 60 kg, por não terem sido captado negócios de pronta entrega. Somente na sexta-feira, 14, houve comercialização e o Indicador foi a R$ 71,82/sc de 60 kg, forte alta de 8,48% frente à sexta anterior. Em dólar, o Indicador fechou a US$ 30,13/sc de 60 kg na sexta-feira, aumento de 8,26% em sete dias. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, teve crescimento de 1,62% entre 7 e 14 de fevereiro, a R$ 67,76/sc de 60 kg na sexta-feira.
Fonte:Cepea