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Boletim Agronegócio.net – Índices de sexta-feira, 21 de março 2014

Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta sexta-feira, 21 de março 2014

Boi

Os preços do bezerro, da arroba do boi gordo e da carne têm subido no mercado brasileiro, atingindo novos patamares recordes nominais, segundo dados do Cepea. Para o bezerro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (animal nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) acumula forte alta de 11,51% na parcial deste ano (até o dia 19), fechando a R$ 979,05 nessa quarta-feira, 19. Esse é o maior patamar nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2000. Em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de fevereiro/14), a média da parcial de março, de R$ 922,76, é a maior desde junho de 2010, quando o preço real foi de R$ 925,25. No mercado de boi gordo, com seguidos recordes nominais, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo) acumula alta de 10,03% neste ano, encerrando essa quarta-feira a R$ 126,28, também o maior, em termos nominais, da série histórica do Cepea, iniciada, neste caso, em 1997 (CDI). A elevação no preço em 2014, inclusive, é uma das maiores registradas para o período, considerando-se toda a série, atrás somente da verificada em igual intervalo de 1999, quando o Indicador subiu 11,3%. Em termos reais, a média parcial do Indicador do boi de março, de R$ 123,14 é a mais alta desde dezembro de 2010, quando foi de R$ 124,33. No mercado atacadista de carne com osso, a carcaça casada bovina negociada na Grande São Paulo se valorizou 6,05% neste ano, cotada a R$ 8,24/kg nessa quarta-feira – o maior patamar nominal de toda a série histórica do Cepea para este produto (iniciada em 2001) foi observada nessa terça-feira, 18, de R$ 8,32/kg. Em termos reais, a média de março, de R$ 8,13/kg, é a maior desde novembro de 2010, que foi de R$ 8,57/kg. Segundo pesquisadores do Cepea, as fortes altas registradas ao longo dos últimos meses decorrem da oferta restrita, resultado da dificuldade para recuperação das pastagens, em decorrência da seca, e consequente engorda dos animais.

Citros

Os preços da lima ácida tahiti estão firmes no mercado paulista, mesmo com o pico de oferta. Segundo colaboradores do Cepea, a qualidade está bastante satisfatória e a disponibilidade é suficiente para atender a demanda. Não há sobras significativas, principalmente pela absorção das indústrias. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a média da lima ácida tahiti é de R$ 21,94/cx de 27 kg, colhida, recuo de 1% em relação à da semana passada. Quanto ao mercado de laranja pera in natura, as vendas estão firmes nesta semana. Apesar disso, os preços estão sendo ligeiramente pressionados pelo início da colheita das frutas precoces em algumas praças – as variedades pertencentes a este grupo costumam ser mais baratas. Assim, na parcial desta semana, a média da laranja pera é de R$ 9,18/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 4,9% em relação à da semana passada.

Frango

As cotações do animal vivo e da carne de frango seguem firmes neste mês. Em São José do Rio Preto, o animal se valorizou 0,9% entre 13 e 20 de março, negociado a R$ 2,48/kg nessa quinta-feira, 20. Quanto à carne, o preço do frango congelado subiu 2,6% na Grande São Paulo no mesmo período, com negócios de R$ 3,61/kg na quinta-feira. Segundo pesquisadores do Cepea, na primeira quinzena de março, frigoríficos aproveitaram o período favorável para vendas e a valorização das carnes concorrentes (bovina e suína) para aumentar os valores pedidos. Atualmente, mesmo com a entrada da segunda quinzena, os bons volumes de negócios têm sustentado as cotações. Quanto às exportações brasileiras de carne de frango in natura, o volume tem apresentado aumento expressivo neste mês. Segundo dados da Secex, a quantidade diária embarcada em março, de 17,3 mil toneladas, está 32,6% superior à da parcial de fevereiro/14.

Suínos

A oferta restrita de animais e a demanda interna firme têm sustentado as altas de preços do suíno vivo e da carne em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Além disso, a tradicional retomada das exportações vem se confirmando, o que pode reforçar os aumentos nos valores praticados no mercado doméstico. Entre 12 e 19 de março, a carcaça comum suína se valorizou 5,4%, com o quilo cotado a R$ 5,17 nessa quarta-feira, 19, no atacado da Grande São Paulo. Para a carcaça especial, a média dessa quarta, de R$ 5,48/kg, correspondeu a um aumento de 5,3% na mesma comparação. Segundo colaboradores do Cepea, os altos patamares de preços da carne bovina mesmo durante a segunda quinzena, período em que a população está menos capitalizada, continuam contribuindo para elevar a demanda das carnes substitutas (suína e de frango). Para o suíno vivo, os preços subiram 8,7% na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), com o animal negociado a R$ 3,57/kg nessa quarta-feira.

Fonte:CEPEA

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