Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta terça-feira, 18 de fevereiro 2014.
Açúcar
Após pequenas oscilações no decorrer deste mês, os valores do açúcar cristal estão praticamente iguais aos do início de fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, no geral, mesmo não contanto com uma demanda muito aquecida, a postura firme de representantes das usinas manteve os preços do cristal estáveis no spot paulista. O Indicador de Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ (mercado paulista), cor (ICUMSA) entre 130 e 180, fechou a R$ 49,91/saca de 50 kg na segunda-feira, 17, ligeira queda de 0,08% em relação ao dia 31 de janeiro, quando estava em R$ 49,95/sc de 50 kg. Já em sete dias, o recuo foi um pouco maior, de 0,5%. Com relação ao andamento da safra 2014/15 de cana-de-açúcar, o baixo volume de chuva em janeiro e no início de fevereiro preocupa agentes quanto ao desenvolvimento das lavouras. Alguns operadores indicam uma quebra na produção entre 5% e 12% no estado de São Paulo, mas ainda não há dados oficiais. Caso as precipitações verificadas em parte do estado no último final de semana permaneçam nos próximos dias, as perdas podem ser amenizadas.
Etanol
Os preços do etanol hidratado têm apresentado forte elevação em fevereiro, devido à combinação de menor oferta e maior demanda. De acordo com dados do Cepea, os atuais patamares já superam os valores médios praticados no início da safra 2013/14, em abril/13. Na semana passada (de 10 a 14 de fevereiro), o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (estado de São Paulo) fechou a R$ 1,3805/litro (sem impostos), alta de 4,4% em relação à semana anterior e de fortes 7,5% na parcial do mês. Para o Indicador diário do hidratado posto Paulínia ESALQ/BM&FBovespa, a elevação é de 8,2% em fevereiro, fechando na segunda-feira, 17, a R$ 1.334,50/m3. Números da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) apontam que a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul correspondeu a 302 mil toneladas na segunda quinzena de janeiro, volume 25,8% menor que o registrado no mesmo período do ciclo anterior. A produção de hidratado somou 16 milhões de litros na segunda quinzena de janeiro, forte redução de 41% frente ao mesmo período da safra anterior.
Milho
Os preços do milho seguem em alta no mercado brasileiro. O impulso ainda está relacionado ao baixo volume de chuva até meados de fevereiro, que pode reduzir a oferta da safra de verão e que já está prejudicando o cultivo da segunda safra, e à demanda interna firme. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), reagiu fortes 6,2% de 10 a 17 de fevereiro, fechando a R$ 30,13/saca de 60 kg na segunda-feira, 17. No mês, a valorização já é de 13%. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 29,69/sc de 60 kg na segunda, aumento de 6,18% em sete dias. Quanto ao mercado externo, o USDA elevou a estimativa de consumo de diversos países e, no agregado mundial, deve ser de 943,3 milhões de toneladas. Com demanda aquecida, haverá necessidade de maiores aquisições, especialmente por parte do México, União Europeia, Coreia do Sul e Egito, que são grandes compradores do Brasil. As transações internacionais estão estimadas em 112,5 milhões de toneladas.
Fonte: Cepea