Agronegócio
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Segundo OIC, Minas Gerais respondeu por 19% da produção mundial de café em 2013

Em 2013, a safra brasileira de café foi de 49,15 milhões de sacas. Do total, 27,66 milhões (cerca de 56%) tiveram origem em Minas Gerais, em área plantada de 1,03 milhão de hectares, distribuídos por mais de 600 municípios. Segundo a OIC, a produção mundial no período foi de 144,61 milhões de sacas, o que confirma a participação mineira da ordem de 19%. Para 2014, safra de ciclo baixo, a produção esperada para o país é de cerca de 47 milhões de sacas, sendo 25,7 milhões produzidas em Minas Gerais.

Em 2013, o café mineiro rendeu R$ 11,1 bilhões (produção e indústria), ou 8,6% do PIB do agronegócio mineiro, que somou R$ 142,56 bilhões. O Valor Bruto da Produção de Café em 2013 somou R$ 14,13 bilhões, com a saca comercializada a um preço médio de R$ 288,84. O VBP do café representa 30,42% do valor da soma dos 20 principais produtos agrícolas de Minas Gerais. Para 2014, o VBP de café está estimado em R$ 8 bilhões.

De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), no ano-safra 2012/2013, uma em cada cinco xícaras de café consumidas no mundo saiu de Minas Gerais, mais de quatro milhões de mineiros dependem, direta ou indiretamente, da cafeicultura para seu sustento e o grão é cultivado em 607 dos 853 municípios do Estado, sendo a principal atividade econômica em 340 cidadades.

– Cada vez mais, o mundo reconhece o Brasil como grande produtor. E mais importante, como produtor de cafés de excelente qualidade – destaca o diretor da Faemg e presidente das Comissões de Cafeicultura da entidade e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Breno Mesquita.

– Temos hoje o resultado de muito trabalho do produtor, que viu nos cafés especiais um mercado em constante crescimento, acreditou e investiu na produção de grãos de alta qualidade como alternativa à produção de simples commodity.

Mesquita destaca que a data este ano será ofuscada por uma inimiga comum do agronegócio neste início de ano, a seca.

– Há grande preocupação em função da seca que atingiu todo o cinturão produtor, especialmente em Minas Gerais. Já sabemos que haverá queda na safra 2014/2015 e também na seguinte, de 2015/2016. Nosso maior receio é perdermos na qualidade que conquistamos, e deixarmos de oferecer ao mundo um tipo de café que só se produz no Brasil.

Fonte:FAEMG

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