Olá amigos do Sertanejo Oficial e amantes da música sertaneja, vamos continuar contando um pouquinho da história da nossa música caipira e suas curiosidades.
Todas as décadas foram de extrema importância na música sertaneja de raiz, mas foi na década de 1950 que aconteceu a ascensão da música Caipira nas rádios de todo Brasil. No decorrer da década surgiram vários nomes que marcariam para sempre a história musical do povo brasileiro.
Vieira e Vieirinha, levaram a catira (que andava meio esquecida) para a música caipira. Iniciaram a carreira em 1950, com a ajuda de Tonico e Tinoco e de Teddy Vieira. Consagraram-se com os sucessos “Ladrão de Mulher”, “Jogo da Douradinha”, entre outros.
Zico e Zeca, iniciaram a carreira em 1953, com a ajuda de Teddy Vieira, e fez sucesso durante muitos anos, algumas clássicas gravações foram “Capelinha de Chico Mineiro”, “A Caneta e a Enxada”, “Dona Jandira”, etc.
Inezita Barroso, a paulista de classe média apaixonada por cultura caipira. Iniciou sua carreira em 1953, foi atriz, pesquisadora folclorista, cantora e apresentadora de rádio e televisão. Atualmente apresenta pela TV Cultura de São Paulo o “Viola, Minha Viola”, programa este com mais de 30 anos de credibilidade. Suas gravações mais conhecidas são “Moda da Pinga” e “Lampião de Gás”.
Pedro Bento e Zé da Estrada, dupla que trouxe a cultura mexicana para a música caipira. Exageraram nos trajes e trejeitos mexicanos, tendo iniciado a carreira em 1954 continuam firmes até hoje se apresentando e encantando fãs por onde passam. Gravou “Seresteiro da Lua”, “Taça de Dor”, “Os Três Boiadeiros” (música que virou filme interpretado pela própria dupla), “Mágoa de Boiadeiro”, entre tantas.
Irmãs Galvão, iniciaram a carreira profissional em 1955. “Beijinho Doce” e “Cabecinha no Ombro” marcaram a carreira.
Tião Carreiro e Pardinho, entre idas e vindas, uma dupla que transcendeu o tempo e balançou o chão brasileiro. Iniciaram a carreira em 1956, também com a ajuda de Teddy Vieira. Consagraram-se como criadores e reis do pagode só gravaram sucessos entre eles “Pagode em Brasília”, “Amargurado” e “Rio de Piracicaba”.
Leôncio e Leonel iniciaram a carreira em 1956 gravou “Casinha de Aço”, “Vai de Roda” e “Cacho de Uva”, só pra citar alguns.
Sulino e Marrueiro, apareceram no mesmo ano, e ao longo da carreira de sucesso tiveram em seu repertório “Corumbá”, “Morena dos Olhos Pretos” e “Herói sem Medalha”.
Zilo e Zalo, também começaram em 1956, gravaram “Feitiço Espanhol”, “O Milagre do Ladrão” e “A Volta do Seresteiro”.
Liu e Léu, irmãos de Zico e Zéca e primos de Vieira e Vieirinha, iniciaram a carreira em 1957, tiveram em seu repertório de sucesso “Caminheiro”, “O Ipê e o Prisioneiro” e “Boiadeiro Errante”.
Elpídio dos Santos, autor das canções de 23, dos 32, filmes de Mazzaropi, também apareceu nessa época.
Outros grandes talentos, como: Biá, Goiá, Dino Franco, Zacarias Mourão, Teixeirinha, Caçula e Marinheiro, Zé Fortuna e Pitangueira, Brasão e Brasãozinho, Silveira e Barrinha, Campanha e Cuiabano, Duo Ciriema, Duo Guarujá, Duo Glacial, Nenete e Dorinho, Nonô e Naná, entre tantos outros também surgiram nesta década.
Foi na década de 1950 que surgiu a TV no Brasil, e pela extinta TV Tupi teve as primeiras apresentações caipiras.
Tonico e Tinoco participaram da inauguração da TV Tupi.
Foi no ano de 1958 que surgiu a primeira revista voltada pro estilo caipira, denominada “Revista Sertaneja” pela extinta Editora Prelúdio, a qual foi lançada 20 volumes entre os anos de 1958 e 1959.
Companheiros continuem atentos, vem muito mais por aqui, grande abraço e até a próxima.
Parte 4: Anos 60, a primeira fase de adaptação da música caipira CLIQUE AQUI
Parte 2: Década de 40, os Anos dourados do sertanejo – CLIQUE AQUI