RedaçãoOlá amigos do Sertanejo Oficial e amantes da música sertaneja, vamos aqui de novo contando um pouquinho mais da história da nossa música e suas curiosidades.
Os anos de 1990 costumam ser lembrados por seriados e filmes consagrados, cortes de cabelo que incluíam franjas laterais e pela chegada do compact disc, o CD. No cenário brasileiro, musicalmente se destacavam as letras e temas românticos interpretados pelas duplas sertanejas.
Esta década infelizmente foi marcada por muitas perdas na música sertaneja de raiz. Grandes nomes que muito contribuíram pra nossa verdadeira cultura caipira, passam para o andar de cima como Vieirinha, Tião Carreiro, Tonico, Cascatinha, Moacyr dos Santos, Lourival dos Santos, Pajé, Silveira, Nhá Gabriela, Peão Carreiro, Nonô Basílio, João Pacífico, Ranchinho, Ranchinho II, Sorocabinha, Moreno, Barrerito, Brioso, Xavantinho, João do Pinho e Zé Côco do Riachão entre outros.
Foi à década também que começou se perder boa parte dos valores culturais e folclóricos. As grandes emissoras de rádio e televisão passam a aderir o famoso “jabá”. Então quem tem dinheiro ou está apadrinhado com quem tem faz sucesso nem que for na “marra”. Assim infelizmente acontece até os dias atuais.
Os circos que até então eram de fundamental importância para o sustento de muitos artistas, começa a entrar em extinção, surgindo então as grandes festas de peão e feiras agropecuárias.
A música sertaneja passa a perder a sua essência e qualidade, diversos ritmos que nada tem a ver com a nossa raiz passam a ser gravados. As verdadeiras raízes começam a perder a sua riqueza cultural, e o “Sertanejo Pop” aparece com tudo no mercado. O Show e programa amigos, transmitido pela TV Globo é sucesso absoluto.
Uma grande explosão de consagradas canções chega para transformar a história da nossa música, a quebra de preconceitos continua crescendo e a cultura se fortalece ganhando adeptos por todo o Brasil. Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, Rick e Renner, Juliano Cezar, Chitãozinho e Xororó, João Paulo e Daniel, Rionegro e Solimões, entre outros se fortalecem na história e a força jovem do sertanejo arrasta multidões. No entanto ocorre uma clássica divisão entre os sertanejos românticos e caipiras. Divisão esta que facilmente é perceptível quando ouvida.
A evolução tem que acontecer, pois estamos em constante mudança, quem não muda fica para traz, fica desatualizado e perde espaço para quem assim o faz. Semana que vem tem mais curiosidades e histórias da nossa música sertaneja, grande abraço.
Por: Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) para o site Sertanejo Oficial
