O Setor de pescados brasileiro já está se preparando para a Expo Milão 2015. A feira acontece entre maio e outubro do ano que vem e vai reunir representantes de 142 países. O governo brasileiro espera que o evento ajude a aumentar as exportações de peixes e derivados, que em 2013 foi de 35 mil toneladas, apenas 6% do que é produzido.
O déficit da balança comercial é de cerca de U$S 900 milhões. Em 2013, o Brasil importou U$S 1,400 milhões em pescado, para atender a demanda interna. Hoje, a produção brasileira é de 2,5 milhões de toneladas, mas segundo a FAO, o potencial é de 20 milhões. A expectativa do Ministério da Pesca e Aquicultura é chegar a três milhões ainda este ano. Os produtores querem levar para a Itália o que de melhor produzem com o pescado brasileiro. O diretor de uma indústria de Tocantis, Michael Delphim, conta que a intenção é começar a exportar processados de tambaqui e pintado, típicos da região amazônica. Para isso, a produção de 400 toneladas por mês vem crescendo 20% ao ano.
– A gente já tem alguns lugares da Europa, Estados Unidos interessados. O nosso peixe já tem o apelo por ser da Amazonia. Então, vai ser muito bom quando chegar no mercado e conseguir vender lá – diz o diretor.
Em Santa Catarina, maior Estado produtor com 200 mil toneladas por ano, apenas 15% é exportado. Segundo o presidente do Sindicato Indústria Pesca Itajaí (Sindipi), Giovani Monteiro, a participação no evento é uma oportunidade de ampliar os negócios.
– Queremos conseguir outros mercados, outros clientes, até motivar a balança comercial do pescado que está inversa. Nós vamos voltar a exportar, e tem um grande potencial marítimo para comercializar esse produto – diz.
Fonte:CanalRural