Em palestra apresentada no Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados (Cedes), o professor Márcio Alves Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que a previsão para que a soja tolerante a seca chegue ao mercado será de cinco anos. Durante este período, estudos serão realizados em laboratório e depois as plantas serão testadas no campo. Após o estágio de testes, a tecnologia dependerá de liberação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para ser comercializada.
Ferreira pretende viabilizar o cultivo de soja em áreas com escassez de água, como as regiões do Semiárido. O pesquisador demonstrou como pode ser possível, por meio da biotecnologia, a transferência dos genes do café tolerantes à seca para outras espécies cultivares, como o algodão, a cana de açúcar, o feijão, o arroz e a soja. O professor sustenta que a tolerância da soja à seca vai ampliar as fronteiras agrícolas e viabilizar terras não utilizadas, ou subutilizadas, por causa da falta d’água.
“A soja poderá ser cultivada em outras regiões, além do Centro-Sul”, afirmou.
Fonte: Famasul