“Nessa longa estrada da vida”…esses versos soam como música aos ouvidos, assim como a voz de quem os gravou a tantos anos atrás, e que de uma forma repentina se silenciou. Chega a ser interessante, mas não parece que este homem se foi, ainda parece que escuto ele me chamando “oh! Zum”.
Me lembro claramente do primeiro encontro que tive com o grande Zé Rico, foi durante a gravação de uns dos discos da dupla nos estúdios da gravadora Gravodisc, eu estava com a minha viola nas mãos e logo ele pediu pra eu tocar uma canção.
Na época, estava ficando conhecida a música “Estradas”, que fazia parte do seriado “Carga Pesada”, que da qual fiz algumas participações como ator. Ao final da música, emocionado, ele me convida para subir ao palco com ele no show que ele faria no dia seguinte, não houve contrato, negociação, nada. Ele apenas me disse para ir e pronto, e eu fui.
Ao chegar ao local do show, comprovei de fato, o dinamismo da importância deste artista para a música, não somente sertaneja, mas mundial. Na plateia, a soma entre casais, famílias, crianças chegava em 70 mil, nunca havia cantado antes para um público tão gigantesco.
Eis que num determinado momento do show ele anuncia “com vocês um dos maiores violeiros do país”, entro no palco e sou recebido de braços abertos por ele e por todos os seus súditos fãs, cantei a mesmo música que havia apresentado no dia anterior, e para a minha surpresa a emoção foi ainda maior. Zé Rico agradeceu a minha presença e sai de cena, mas o momento ficou para a vida inteira.
Hoje conto mais um relato pessoal do que necessariamente uma matéria convencional, mas não tem muito do que dizer de um homem com 45 anos de carreira, mais de 25 discos gravados, 2 dvd’s, muitos prêmios e discos de ouro e de platina.
Termino este texto fazendo uma homenagem musical que foi exibida no programa que apresentei no “Canal Rural”.
Viva José Rico
Por: Yassir Chediak e Renam Rinaldin