Como criar galinha-d’angola – Introdução:
A galinha-d’angola (Numida meleagris), também conhecida por tô fraco, guiné, coca, galinha-do-mato, capote, capota, sakué, pintada, picota (na Amazônia) ou fraca, cakuê (em algumas regiões da Bahia) é uma ave da ordem dos Galliformes, originária da África e introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses, que a trouxeram da África Ocidental.
Como criar galinha-d’angola – Comportamento:
As aves ficam nervosas facilmente. Por ser arisca, pode ajudar na guarda da propriedade. A galinha-d’angola cacareja imediatamente se percebe a presença de estranhos ou qualquer anormalidade por perto. São extremamente agitadas, muitas vezes chegando ao stress. Locomovem-se em bandos e precisam do bando para se reproduzir, pois só assim sentem estímulo para o acasalamento. E, como grupo, são organizadas. Cada grupo tem seu líder, o que é fácil de constatar no momento em que se alimentam: o líder vigia enquanto seus companheiros comem e, só depois de verificar que está tudo em ordem, é que começa a comer. Sendo uma grande consumidora de insetos, a galinha-d’angola é considerada um agente importante no controle biológico e de pragas do meio ambiente. Sem exigir uma alimentação elaborada, o manejo da ave é barato.
Como criar galinha-d’angola
Para criar galinha-d’angola, já que em cativeiro a reprodução é menor do que quando vive solta, é melhor dar preferência para aves selecionadas e com melhores condições físicas. Além disso, a dica é manter ambos os sexos sempre juntos no galinheiro, para aumentar a margem de fertilidade dos ovos.
INÍCIO – Saiba a procedência da ave antes de comprar as matrizes de um viveiro com referências. Se adquirir mais de uma variedade, crie os exemplares em áreas diferentes, para que não se cruzem. De porte médio, uma galinha-d’angola adulta pesa entre 4 e 6 quilos e mede de 35 centímetros (fêmeas) a 40 centímetros (macho).
AMBIENTE – Como é ave barulhenta e gosta de viver em grupo, melhor não mantê-la em locais onde há outras criações que preferem o silêncio. Com boa adaptação a qualquer clima, o plantel pode ser instalado em todas as regiões do país. Para um controle mais eficaz, dê preferência para o sistema intensivo, impedindo que as aves se dispersem e depositem os ovos em lugares de difícil acesso.
VIVEIRO – Madeira e alvenaria são as opções para construir um abrigo rústico, com 1 metro quadrado por cabeça. Voltada para o norte, a frente deve ser telada e as laterais, fundo e cobertura, fechadas. Poleiros com 3 metros de altura são necessários para acomodar as aves à noite. Forre o piso com palha ou serragem, para evitar umidade. Camadas com 15 centímetros de altura possibilitam às galinhas enterrarem os ovos no próprio chão, dispensando o uso de ninhos. É importante que a criação conte com um espaço cercado, com gramado para ciscar e sem telhado para tomar sol.
CUIDADOS – Apesar de resistentes a pragas e doenças, recomenda-se assegurar a limpeza do galinheiro para a boa saúde das aves. Desinfete as instalações semanalmente para retirar as bactérias e germes e conter a proliferação de enfermidades. Como toda criação, deve seguir um programa de vacinação e medicamentos contra as principais doenças, como coccidiose, bouba e coriza. Sempre é bom que o plantel tenha acompanhamento e orientações de um médico-veterinário.
ALIMENTAÇÃO – Inclui desde grãos e hortaliças até insetos. Rações destinadas para aves também alimentam as galinhas-d’angola. Nos primeiros meses de vida, forneça ração especial para acelerar o crescimento e, a partir dos seis meses, introduza uma combinação balanceada de ração com grãos e vegetais. Sirva as refeições três vezes ao dia em comedouros limpos, para não misturar com sobras que podem ter sido fermentadas.
REPRODUÇÃO – Inicia-se de seis a oito meses de idade. Com um manejo correto, é possível ter de duas a três posturas entre agosto e dezembro, produzindo de 50 a 60 ovos. Contudo, como as galinhas-d’angola nem sempre são boas mães, recolha os ovos para colocá-los em incubadoras com temperatura entre 37 ºC e 38 ºC, seguindo as instruções dos fabricantes. Outra alternativa é usar uma galinha comum para chocar os ovos. Após o nascimento, depois de 28 dias de choco, mantenha os filhotes separados da criação por 30 dias.
Como criar galinha-d’angola – Produção e retorno do investimento
Criação mínima: 1 macho para 4 fêmeas
Custo: preço médio do casal é R$ 80
Retorno: 1 ano
Reprodução: a postura anual pode chegar a 60 ovos
Texto com informações da Wikipedia e de Maria Virgínia F. da Silva é membro da Associação Brasileira dos Criadores de Aves de Raças Puras (ABC Aves), Rua Ferrucio Dupré, 68, CEP 04776-180, São Paulo (SP), tel. (11) 5667-3495