Depois dos bons resultados conquistados pelo cavalo crioulo Alma de Gato Cala Bassa – que ficaram entre os melhores da NRHA Futurity, uma das principais provas de rédea do mundo, disputada em Oklahoma City, nos Estados Unidos, os norte-americanos se encantaram com essa raça de cavalos pela beleza e pela funcionalidade do animal.
Enquanto o cavaleiro Jou voltou para o Brasil, o cavalo ficou para participar das duas provas restantes que completam a chamada tríplice coroa das rédeas nos Estados Unidos: a NRBC, em Houston, e o NRHA Derby, também em Oklahoma City, onde será guiado pelo cavaleiro Duane Latimer, considerado um dos cinco melhores do mundo na modalidade.
Para o diretor de comunicação da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), José Laitano, o feito obtido por Jou na prova surpreendeu americanos e brasileiros.
– Foi como ganhar a Copa do Mundo. Se tivéssemos projetado um resultado tão positivo, não teria dado tão certo. Nos surpreendeu de maneira incrível – comenta.
Conforme o dirigente, essa é uma oportunidade singular para a entrada do cavalo crioulo nesse tipo de competição, hoje uma especialidade dos norte-americanos.
– Temos também ginetes brasileiros em competições nos Estados Unidos. Eles podem ser nossa porta de acesso para divulgarmos o cavalo crioulo por lá – completa Laitano.
Prova para testar as habilidades
As competições de rédea, explica Tomaz Marinho, vice-presidente da Associação Gaúcha do Cavalo de Rédeas (AGCR), fazem uma simulação das manobras realizadas no trabalho a campo e servem como base para a criação de outras competições, como as de laço e de tambor.
O cavaleiro precisa executar pelo menos oito percursos, no qual se destacam o spin, giro de 360º do animal, e o esbarro, quando o cavalo vem em velocidade e para.
– O cavalo já entra com o percurso estabelecido e cabe aos juízes avaliar a qualidade de cada manobra. As notas podem variar em uma escala de menos 1,5 a mais 1,5 – explica Marinho.
Os percursos não seguem uma ordem definida, ou seja, cada campeonato pode estabelecer a sequência das manobras a serem executadas. Conforme Marinho, no Rio Grande do Sul a modalidade é considerada nova, com cerca de 10 anos.
Fonte: ZERO HORA
Foto: Tadeu Vilani