Ele nasceu simples, interiorano, um tanto acanhado e quase despretensioso. Com o passar dos anos foi se aperfeiçoando, ganhou forma, ultrapassou fronteiras e evoluiu através da própria experiência. Reconhecido como uma das maiores e mais eficazes ferramentas de seleção de raça equina no Brasil e no exterior, o Freio de Ouro surgiu, em 1982, a partir da idéia de basicamente reproduzir o trabalho de campo e utilizá-lo como método de avaliação. Além da morfologia, o Freio de Ouro também testa a doma, a resistência, a docilidade, a aptidão e a coragem. Características que somadas formam o perfil ideal do cavalo crioulo: beleza e funcionalidade.
A prova é composta por uma etapa morfológica e oito funcionais: andaduras, figura, volta sobre patas e esbarrada, mangueira, campo, mangueira II, Bayard-Sarmento e campo II. O que antes era feito em somente três semifinais e uma final, hoje se transformou em mais de 60 credenciadoras e 12 classificatórias realizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal e ainda na Argentina e no Uruguai, além da grande final em Esteio (RS).
Credenciadoras (cerca de 60/ano) – São dois tipos: as de animais inéditos e as abertas. Nas credenciadoras de inéditos, os 48 machos e 48 fêmeas melhor pontuados do ciclo garantem vaga no Bocal de Ouro, realizada no mês de abril, em Esteio (RS). Já nas abertas, habilitam-se os quatro machos e as quatro fêmeas mais pontuados para a fase Classificatória.
Classificatórias (cerca de 12/ano) – As regionais (duas no exterior – Argentina e Uruguai) e as repescagens de Brasília (DF) (aberta, sem pontuação mínima) e de Esteio (RS) (para credenciados com mais de 18 pontos). Entre as classificatórias está o Bocal de Ouro, a grande final para os animais estreantes na modalidade. Cada uma, por sua vez, habilita os quatro machos e as quatro fêmeas mais pontuados, com dois reservas por sexo, para a final do Freio de Ouro onde 48 machos e 48 fêmeas disputam o grande título.
Fonte:ABCCC
Foto: Divulgação