Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta sexta-feira, 04 de abril 2014.
Boi
Apesar da baixa oferta de animais para abate, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa tem registrado pequenas quedas. Segundo agentes consultados pelo Cepea, o fraco ritmo de venda de carne no mercado atacadista influenciou as recentes desvalorizações da arroba bovina. Frigoríficos alegam ter dificuldade para vendas num mercado de demanda enfraquecida e, por isso, tentam comprar animais a preços menores. Além disso, as aquisições de boi em outros estados e a diminuição dos volumes de abate têm dado suporte ao recuo de parte dos compradores. Entre 26 de março e 2 de abril, o Indicador acumulou baixa de 1,33%, fechando em R$ 125,67 nessa segunda-feira, 2. No acumulado de março, a alta foi de 4,5%.
Citros
As vendas estiveram calmas nesta semana no mercado de laranja de mesa. Segundo colaboradores do Cepea, tem aumentado bastante o volume de frutas disponível, pressionado as cotações. A média parcial da semana (segunda a quinta) da laranja pera foi em R$ 20,03/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 6,8% em relação à anterior. Para a lima ácida tahiti, os preços seguem sem grandes alterações. A firmeza nos valores se deve, principalmente, à absorção industrial – se o mercado in natura cair muito, produtores preferirão vender a produção para a indústria. Nesse cenário, a média parcial desta semana é de R$ 9,60/cx de 27 kg, colhida, recuo de 0,62% em relação à média anterior.
Frango
O avanço das exportações em março e a menor produção interna – o forte calor do início do ano elevou a mortalidade dos animais – enxugaram a oferta doméstica e elevaram as cotações nacionais no mês. A maior alta para o frango inteiro ocorreu no atacado da Grande São Paulo, onde o produto foi comercializado na média de R$ 3,52/kg em março, valor 10,1% superior à média de fevereiro. Para o frango resfriado, a valorização foi ainda mais significativa, de 11,1%, também na Grande São Paulo, com a média a R$ 3,43/kg. Para os produtores independentes, especialmente os paulistas, os valores pagos pelo animal vivo também estiveram maiores em março. Na média do estado de São Paulo, o quilo do animal foi comercializado a R$ 2,47/kg, valor 8,8% maior que a média de fevereiro. Segundo colaboradores do Cepea, apesar dos preços mais altos, com a oferta restrita de animais produtores não conseguem aproveitar ao máximo o bom momento do setor. Quanto às exportações de carne de frango in natura, subiram em março pela primeira vez no ano, com volume embarcado de 295,1 mil toneladas, 12,9% a mais que em fevereiro, segundo dados da Secex.
Suínos
Os embarques de carne suína tiveram elevação em março pelo segundo mês consecutivo. Aliados à maior demanda interna, os envios favoreceram a reação das cotações do suíno vivo e das carcaças no mercado doméstico. Segundo dados da Secex, em março, foram embarcadas 32,3 mil toneladas de carne suína in natura, volume 3,9% maior que o de fevereiro e 10,6% superior ao de janeiro. A receita também cresceu 4,9% na comparação com fevereiro, 12,1% frente a janeiro e 16,3% sobre o montante registrado em março/13, chegando a R$ 216,14 milhões. Com a menor disponibilidade interna e a demanda brasileira mais firme, reflexo da alta das carnes concorrentes (bovina e de aves), os preços reagiram. Na Grande São Paulo, a carcaça comum suína foi comercializada a R$ 5,34/kg no último dia 31 de março, acumulando alta de 9,8% no mês. O estado que registrou as maiores variações para o vivo em março foi São Paulo. Nas praças de Avaré/Fartura e de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o cevado foi comercializado por R$ 3,65/kg no encerramento de março, com valorizações de 11,9% e 12,1%, respectivamente, no mês.
Fonte:Cepea