Olá amigos do Sertanejo Oficial e amantes da música sertaneja, vamos aqui de novo contando um pouquinho mais da história da nossa música e suas curiosidades.
Estamos de volta pra falarmos nesta semana da música sertaneja a partir do ano 2000 até os dias de hoje.
Infelizmente de 2000 pra cá, inúmeros artistas que representam a música sertaneja raiz nos deixaram, e muito poucos artistas defendendo a nossa tradição chegaram desde então.
Entre os poucos que surgiram neste novo milênio, destacamos Muniz Teixeira e Joãozinho, Lucas Reis e Thácio, Otávio Augusto e Gabriel, Bruna Viola, Marcos Violeiro e Cleiton Torres, João Carreiro, Batô e Fernando, João Lucas e Walter Filho, Carreiro e Capataz, Luis Goiano e Girsel da Viola, Jota Viola e Vinícius, entre outros.
O mercado foi invadido por um novo estilo musical, que recebeu o nome de “Sertanejo Universitário”. O gênero universitário apareceu, em grande parte, pelo sucesso que a dupla João Bosco e Vinícius, que na época eram universitários, fizeram cantando na faculdade e barzinhos. Com o sucesso, logo outras duplas acabaram adaptando o novo jeito de cantar utilizando o nomes de universitários que é muito apreciado pelos jovens das universidades pela linguagem, estilo e letras, mas que na verdade de sertanejo, na sua essência, tem muito pouco ou quase nada, a não ser o fato de que a maioria destes artistas vem do interior, cantam em dupla, usam acordeom (às vezes tem uma violinha), utilizam nos trajes chapéu e bota, para serem identificados como artistas sertanejos.
O sertanejo é sertão, riquezas do campo e do interior, dia-a-dia da roça, animais e histórias, mas como o gênero sertanejo aceita tudo e tem uma certa credibilidade, seu valor é “maiúsculo”, então saem gravando e vendem.
Apesar de tudo muitas duplas em seus shows trazem algumas canções para pelo menos honrarem o nome de sertanejo. O certo era que cantor gravasse em seus discos uma canção nova, inédita das modas de raiz, isso iria fortalecer nossa cultura.
Muitos festivais de viola, centros culturais, museus, exposições agropecuárias, cavalgadas, rodeios, entre outros batem firme em defesa das nossas tradições.
Como sempre digo a evolução vai acontecer, pois estamos em constante mudança, quem não muda fica para traz, fica desatualizado e perde espaço para quem assim o faz, “água parada apodrece”, o passado e a cultura faz parte da história de um povo e tem que ser preservadas, não adianta ficar “brigando”, pois sempre haverão mudanças. A “briga” tem que ser pela preservação da história. Semana que vem tem mais curiosidades e histórias da nossa música sertaneja, grande abraço.
Por: Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) para o site Sertanejo Oficial