Redação
Olá amigos do Sertanejo Oficial, a música sertaneja raiz fica mais triste, morre Ana Servan Vidal, a Aninha do Duo Glacial.
Faleceu ontem, dia 19, em Araraquara (SP), Ana Servan Vidal, a Aninha, que juntamente com seu irmão Miguel Servan Vidal, fizeram parte do famoso Duo Glacial. Os irmãos Cervan começaram cedo na carreira musical, gravando o primeiro disco em 1959. Em 1967 conseguiram o primeiro lugar no Primeiro Festival Sertanejo da Rádio Nacional, com a toada Poeira (que muitos conhecem como Poeira Vermelha), composição de Serafim Colombo e Luís Bonam. No ano seguinte, o Duo Glacial ganhou o troféu Cornélio Pires e gravou um LP com a música Poeira, que alcançou a marca de mais de um milhão de discos vendidos.
Em 1974 Ana afastou-se do Duo Glacial por motivos particulares e foi substituída por Maria Vieira da Silva, a Mariazinha, que permaneceu até 1983, quando Ana retorna ao duo. Em 2006 participaram da festa em comemoração ao centenário do compositor Raul Torres na cidade de Botucatu em São Paulo. No ano seguinte apresentaram-se, ao lado de grandes nomes da música sertaneja de raiz, na edição especial do Viola Minha Viola, com Inezita Barroso, também em homenagem à Raul Torres.
Ouçam um trecho da música Poeira (Poeira Vermelha) com o Duo Glacial, em uma de suas apresentações no programa Viola Minha Viola, nesta ocasião, em 2013. Interessante observar que eles contam como foi a história da música Poeira ter chegado até eles, e vencido o festival com ela. Ouçam também, a belíssima “O Último dos Carreiros”, composição de José Béttio e Wilson Roncatti:
Segundo informações do Globo.com, Ana Servan Vidal estava com sintomas de dengue e infecção urinária. Após ter dado entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Vila Xavier, em Araraquara (SP), a cantora sofreu duas paradas cardíacas.
O velório acontece em frente ao Cemitério São Bento, onde o corpo será enterrado nesta quarta-feira (20), às 15h.
Aninha, do Duo Glacial, tinha 74 anos, sendo 62 deles dedicados à música sertaneja de raiz, que hoje está de luto por ela ter se tornado poeira… poeira vermelha, poeira… poeira do meu sertão!
Fonte: Cultura Caipira e Globo.com
