Goiano e Paranaense
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Dois anos sem Goiano

Boa noite meus amigos do Sertanejo Oficial, hoje fazem exatos dois anos que perdemos um dos melhores violeiros de todos os tempos, o nosso querido Goiano, que fazia a dupla com Paranaense.

Sei que muitos que hoje nos seguem e que são leitores do nosso site, pouco conhecem da verdadeira história da música sertaneja, tão rica em cultura e personagens únicos, como nosso saudoso Goiano, por isso, achamos importante estar sempre relembrando um pouco da história de vida desses grandes personagens da nossa cultura brasileira. Como já dizia Ariano Suassuna, “Não troco o meu ‘Oxente’ pelo OK de ninguém.”

Dois anos sem GoianoDois anos sem Goiano, agradecemos a pesquisadora e jornalista Sandra Peripato e ao amigo Luiz Henrique Pelicia, pelas informações abaixo descritas.

Dois anos sem Goiano

Valdomiro Neres Ferreira (Goiano), nasceu em Sítio de Abadia, próximo a Goiânia-GO, no dia 11 de maio de 1960. Valdomiro formou inicialmente com o violeiro Valdo de Souza (também conhecido como Valdo Viola) a dupla “Neres e Nerci”, que durou de 1978 até 1980.

Após a separação, Valdomiro formou com João Roberto Alonso a dupla “Goiano e Paranaense”, enquanto que o Valdo formou outra dupla com seu irmão Valdinho.

“Goiano e Paranaense” lançaram seu primeiro LP em 1988, intitulado “Lágrimas de Pai”, com composições de Lourival dos Santos, Tião Carreiro, Amaraí, Léo Canhoto, Joel Marques, Toni Viola, Domério de Oliveira e muitos outros, além do próprio Goiano.

O segundo LP, no entanto, só foi lançado seis anos depois, em 1994. Nesse período, entre diversos shows, Goiano e Paranaense sofreram um acidente de carro nas proximidades de Orlândia-SP. Goiano dormia no banco traseiro e foi atirado para fora do veículo, tendo sofrido lesões na garganta.

Impossibilitado de cantar e praticamente sem fala durante quase dois anos, Goiano recuperou sua voz graças ao Dr. Paulo Fontes e a gravação do segundo disco foi possível. Nesse segundo disco, destacou-se a música “O Doutor e o Caipira”.

Goiano e Paranaense gravaram mais três discos: “A Voz do Cantador” (1996), “O Poder do Criador” (2000) e “Minha Vida, Minha Luz” (2003). A dupla participou do DVD “100 % Caipira” (lançado pela Indie Records em 2005), interpretando “Doutor Caipira”.

No entanto, a dupla “Goiano e Paranaense” se desfez no início de 2008. Goiano formou uma nova dupla com Gustavo (Marcio Joel Moreira, nascido em Catanduva-SP, no dia 12 de março de 1966, e que já havia cantado em carreira-solo em Ibirá-SP e São José do Rio Preto-SP.

E o Paranaense formou nova dupla com Geraldo Viola, o mesmo que integrava a dupla Geraldo Viola e Dino Guedes.

As duplas “Goiano e Gustavo” e “Geraldo Viola e Paranaense” também duraram muito pouco. No primeiro semestre de 2009, Goiano e Paranaense voltaram a cantar em dupla novamente, anunciando novo CD para alegria de seus fãs.

Essa não foi a primeira vez que a dupla “Goiano e Paranaense” se separou… Divino e Donizete também haviam se separado e, nesse tempo aconteceu o mesmo com “Goiano e Paranaense” e também com “Dombar e Darlei”; então, formou-se a dupla “Divino e Paranaense”, a qual gravou um disco, mas pouco passou de 6 meses. Donizete fez dupla com Dombar e durou um ano e meio.

A dupla “Goiano e Paranaense” se desfez novamente, e Paranaense formou a dupla “Alexandre e Paranaense”, enquanto Goiano arranjou outro parceiro, mas mantendo o nome da dupla “Goiano e Paranaense”, e lançaram dois novos trabalhos.

InfelizmenteGoiano faleceu em 18 de julho de 2014, vítima de câncer.

Para quem nunca escutou a dupla, ou para quem é fã, segue um vídeo com solos de viola e polca paraguaia. Neste vídeo você poderá conhecer um pouco mais do legado de Goiano para a nossa cultura.

Abaixo você pode ver uma homenagem que a dupla Lucas Reis e Thácio fez em homenagem na época da morte de Goiano

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