História de Goiano e Paranaense
Boa tarde meu amigo leitor, amante da música sertaneja e fã do site Sertanejo oficial, hoje você vai conhecer um pouco da história de Goiano e Paranaense. Agradecendo a pesquisadora e jornalista Sandra Peripato pelo apoio.
Valdomiro Neres Ferreira (Goiano), nasceu em Sítio de Abadia, próximo a Goiânia-GO, no dia 11 de maio de 1960. Valdomiro formou inicialmente com o violeiro Valdo de Souza (também conhecido como Valdo Viola) a dupla “Neres e Nerci”, que durou de 1978 até 1980.
Nerci (Valdo) resolveu então tentar a sorte na capital paulista. Oito meses depois, porém, Valdomiro o chamou de volta a Goiânia, e os dois voltaram a cantar em dupla, a qual teve o nome mudado para “Neres e Nerinho”.
Alguns meses depois, “Neres e Nerinho” seguiram para São Paulo, onde conheceram outros violeiros renomados, e entre eles o Tião Carreiro, que gostou dos acordes que Valdomiro (Neres) tirava de sua viola.
A dupla “Neres e Nerinho”, no entanto, não chegou a gravar nenhum disco e acabou se desfazendo, ainda no início da década de 1980. Nessa época, o Valdomiro formou com João Roberto Alonso a dupla “Goiano e Paranaense”, enquanto que o Valdo formou outra dupla com seu irmão Valdinho. Valdo Viola já gravou 3 CDs junto com seu irmão.
História de Goiano e Paranaense
João Roberto Alonso (Paranaense) nasceu em Londrina, no estado do Paraná, no dia 10 de abril de 1959 e, com apenas 2 meses de idade seguiu para o interior paulista, na região de São José do Rio Preto-SP onde reside até hoje.
“Goiano e Paranaense” lançaram seu primeiro LP em 1988, intitulado “Lágrimas de Pai”, com composições de Lourival dos Santos, Tião Carreiro, Amaraí, Léo Canhoto, Joel Marques, Toni Viola, Domério de Oliveira e muitos outros, além do próprio Goiano.
O segundo LP, no entanto, só foi lançado seis anos depois, em 1994. Nesse período, entre diversos shows, Goiano e Paranaense sofreram um acidente de carro nas proximidades de Orlândia-SP. Goiano dormia no banco traseiro e foi atirado para fora do veículo, tendo sofrido lesões na garganta.
Impossibilitado de cantar e praticamente sem fala durante quase dois anos, Goiano recuperou sua voz graças ao Dr. Paulo Fontes e a gravação do segundo disco foi possível. Nesse segundo disco, destacou-se a música “O Doutor e o Caipira”.
Goiano e Paranaense gravaram mais três discos: “A Voz do Cantador” (1996), “O Poder do Criador” (2000) e “Minha Vida, Minha Luz” (2003). A dupla participou do DVD “100 % Caipira” (lançado pela Indie Records em 2005), interpretando “Doutor Caipira”.
História de Goiano e Paranaense
No entanto, a dupla “Goiano e Paranaense” se desfez no início de 2008. Goiano formou uma nova dupla com Gustavo (Marcio Joel Moreira, nascido em Catanduva-SP, no dia 12 de março de 1966, e que já havia cantado em carreira-solo em Ibirá-SP e São José do Rio Preto-SP.
E o Paranaense formou nova dupla com Geraldo Viola, o mesmo que integrava a dupla Geraldo Viola e Dino Guedes.
As duplas “Goiano e Gustavo” e “Geraldo Viola e Paranaense” também duraram muito pouco. No primeiro semestre de 2009, Goiano e Paranaense voltaram a cantar em dupla novamente, anunciando novo CD para alegria de seus fãs.
Essa não foi a primeira vez que a dupla “Goiano e Paranaense” se separou… Divino e Donizete também haviam se separado e, nesse tempo aconteceu o mesmo com “Goiano e Paranaense” e também com “Dombar e Darlei”; então, formou-se a dupla “Divino e Paranaense”, a qual gravou um disco, mas pouco passou de 6 meses. Donizete fez dupla com Dombar e durou um ano e meio.
A dupla “Goiano e Paranaense” se desfez novamente, e Paranaense formou a dupla “Alexandre e Paranaense”, enquanto Goiano arranjou outro parceiro, mas mantendo o nome da dupla “Goiano e Paranaense”, e lançaram dois novos trabalhos.
Goiano faleceu em 18 de julho de 2014, vítima de câncer.
Para quem nunca escutou a dupla, ou para quem é fã, segue um vídeo com solos de viola e polca paraguaia. Neste vídeo você poderá conhecer um pouco mais da História de Goiano e Paranaense, verdadeiros violeiros de primeira linha!
Semana que vem tem mais curiosidades e histórias da nossa música sertaneja, grande abraço!