Agricultura
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Soja brasileira: Lucro Bilionário, Mas Quem Realmente Ganha?

A Verdade Que o Agricultor Precisa Saber!

Soja Brasileira: Lucro Bilionário, Mas Quem Realmente Ganha?

Você, que faz parte da cadeia de produção da soja brasileira, trabalha duro, mas será que está sendo remunerado honestamente? Descubra como os lobbies internacionais, os custos dos insumos e a política de incentivos afetam seu bolso.

Você, que dedica sua vida ao campo, sabe que a soja é um dos pilares da economia brasileira. Os números de produção e exportação impressionam, gerando bilhões em receita. Mas… para onde vai todo esse dinheiro?

A resposta, infelizmente, não é tão simples quanto parece. E é aqui que a conversa fica realmente importante para você, que busca informações além do óbvio.

Soja Brasileira: Lucro Bilionário, Mas Quem Realmente Ganha A ilusão da competitividade:

O Brasil é líder mundial na produção de soja. Temos tecnologia de ponta, solo fértil e produtores competentes. Mas, mesmo com isenções fiscais significativas, o setor frequentemente se queixa de falta de competitividade. Por quê?

Um estudo recente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostrou que, embora a produção de soja tenha crescido, a rentabilidade do produtor tem diminuído nos últimos anos.

A verdade é que a maior parte do lucro da soja não fica no Brasil. E, muito menos, no bolso do agricultor.

Quem realmente lucra com a sua soja?

  • Gigantes dos Insumos: As multinacionais que controlam o mercado de sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas têm lucros astronômicos. Os preços desses insumos, muitas vezes dolarizados, corroem a margem de lucro do produtor. Em 2023, o custo dos fertilizantes, por exemplo, representou uma parcela significativa dos custos de produção da soja. Uma reportagem da BBC Brasil destaca como a dependência de fertilizantes importados, especialmente da Rússia, afeta diretamente o produtor brasileiro.
  • Tradings Internacionais: As grandes empresas que compram, transportam e vendem a soja no mercado global também ficam com uma fatia considerável do bolo. Essas empresas, como Cargill, Bunge e ADM, têm um poder de mercado enorme, influenciando os preços e as condições de comercialização.
  • Lobby Político: E aqui entra um ponto crucial. Essas grandes corporações têm lobbies poderosíssimos em Brasília. Influenciam leis, políticas e decisões que, muitas vezes, favorecem seus próprios interesses, em detrimento do produtor rural brasileiro. A atuação desses lobbies é frequentemente debatida em veículos de comunicação como o Congresso em Foco.

Não é o governo, é o sistema:

É fácil culpar o governo da vez. Mas a questão é muito mais profunda. O problema está na estrutura do sistema, que concentra poder e lucro nas mãos de poucos players globais.

O que você, produtor, pode fazer?

  • Informação é Poder: Entenda como funciona a cadeia produtiva da soja. Busque fontes independentes de informação, como associações de produtores, universidades e veículos de comunicação especializados em agronegócio.
  • União Faz a Força: Junte-se a outros produtores, participe de associações e cooperativas. A força coletiva pode pressionar por mudanças, como políticas de preços mínimos, redução da carga tributária sobre os insumos e maior transparência na formação dos preços.
  • Exija Transparência: Cobre dos seus representantes políticos posicionamentos claros sobre a questão dos insumos, da tributação e do lobby internacional. Acompanhe as votações no Congresso e participe do debate público.
  • Diversifique: Considere alternativas de produção, como a agricultura familiar, a produção orgânica ou a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). A Embrapa tem diversas pesquisas e tecnologias sobre sistemas de produção mais sustentáveis e diversificados.

A hora do debate é agora!

Este não é um artigo para desanimar. É um chamado à ação. Compartilhe suas experiências, suas opiniões, suas ideias.  O futuro do agro brasileiro depende de um debate honesto e de uma distribuição mais justa dos lucros da soja.

Fontes: CNA, BBC Brasil, Congresso em Foco e EMBRAPA.

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